ATA DA CENTÉSIMA DÉCIMA QUINTA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 05-12-2011.

 


Aos cinco dias do mês de dezembro do ano de dois mil e onze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, DJ Cassiá, Elias Vidal, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Mario Fraga, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Sofia Cavedon e Toni Proença. Constatada a existência de quórum, a senhora Presidenta declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Adeli Sell, Beto Moesch, Carlos Todeschini, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elói Guimarães, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Maria Celeste, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Pedro Ruas, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. Do EXPEDIENTE, constou Ofício do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde, emitido no dia vinte e três de novembro do corrente. Durante a Sessão, deixaram de ser votadas as Atas da Nonagésima, Nonagésima Primeira, Nonagésima Segunda, Nonagésima Terceira e Nonagésima Quarta Sessões Ordinárias e da Vigésima Quarta, Vigésima Quinta, Vigésima Sexta, Vigésima Sétima, Vigésima Oitava, Vigésima Nona e Trigésima Sessões Solenes. Após, por solicitação dos vereadores Elias Vidal, Aldacir José Oliboni e Alceu Brasinha, foi realizado um minuto de silêncio em homenagem póstuma, respectivamente ao senhor Jair Farias, falecido no dia primeiro de dezembro do corrente, à senhora Roseli da Silva Gross, falecida no dia de ontem, e ao senhor Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira, falecido no dia de ontem. A seguir, a senhora Presidenta registrou a presença, neste Plenário, dos senhores Adacir José Flores e Felisberto Seabra Luisi, respectivamente Presidente e Assessor Jurídico da Associação Representativa e Cultural dos Comerciantes do Viaduto Otávio Rocha – Arccov –, convidando-os a integrarem a Mesa dos trabalhos e concedendo a palavra, em TRIBUNA POPULAR, a Suas Senhorias, que divulgaram atividades relativas ao septuagésimo nono aniversário do Viaduto Otávio Rocha, programadas para o período de dois a nove de dezembro do corrente, e solicitaram o apoio dos senhores vereadores ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 030/09 (Processo nº 5729/09), que institui o Fundo de Apoio e Fomento ao Viaduto Otávio Rocha. Em continuidade, nos termos do artigo 206 do Regimento, os vereadores Bernardino Vendruscolo, Reginaldo Pujol, Paulinho Rubem Berta, Pedro Ruas, Airto Ferronato, Toni Proença, Adeli Sell, DJ Cassiá, Idenir Cecchim, Fernanda Melchionna, Mario Fraga e João Antonio Dib, este pela Bancada do PP e pelo Governo, manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular. A seguir, a senhora Presidenta concedeu a palavra, para considerações finais sobre o tema em debate, aos senhores Adacir José Flores e Felisberto Seabra Luisi. Às quinze horas e quinze minutos, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Após, foi aprovado Requerimento de autoria do vereador Engenheiro Comassetto, solicitando a retirada de tramitação da Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 003/11 (Processo nº 0821/11). Também, foi aprovado Requerimento de autoria do vereador Beto Moesch, solicitando a retirada de Requerimento de autoria de Sua Excelência, de dispensa do envio das Emendas nos 02, 03 e 04 apostas ao Projeto de Lei do Legislativo nº 187/08 (Processo nº 3862/09) para apreciação de Comissões Permanentes. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 036/11 (Processo nº 3381/11), por vinte e três votos SIM, em votação nominal solicitada pela vereadora Sofia Cavedon, tendo votado os vereadores Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Maria Celeste, Mario Fraga, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Sofia Cavedon e Toni Proença. Em Votação Nominal, 1º Turno, foi aprovado o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 003/11 (Processo nº 1958/11), por vinte e oito votos SIM, tendo votado os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Maria Celeste, Mario Fraga, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Pedro Ruas, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Sofia Cavedon, Toni Proença e Waldir Canal. Às quinze horas e vinte e cinco minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos para a realização de reunião conjunta de Comissões Permanentes, sendo retomados às dezessete horas e cinquenta e um minutos. A seguir, foi apregoado Requerimento de autoria do vereador João Antonio Dib, subscrito nos termos do artigo 120 do Regimento, solicitando votação em destaque das Emendas nos 01, 03, 04, 07, 08, 09, 10, 11, 13, 14, 20, 21, 22, 24, 32 e 38 apostas ao Projeto de Lei do Executivo n° 040/11 (Processo nº 3490/11). Em Discussão Geral e Votação, foi apreciado o Projeto de Lei do Executivo nº 040/11 (Processo nº 3490/11), após ser discutido pelos vereadores Carlos Todeschini, João Antonio Dib, Mauro Pinheiro, Alceu Brasinha, Maria Celeste, Fernanda Melchionna, Sebastião Melo, Aldacir José Oliboni, Airto Ferronato, Luiz Braz, Elói Guimarães, Professor Garcia, Nilo Santos, Reginaldo Pujol e Idenir Cecchim. Durante a discussão do Projeto de Lei do Executivo nº 040/11, os vereadores Nilo Santos e DJ Cassiá cederam seus tempos de discussão, respectivamente, aos vereadores Luiz Braz e Nilo Santos. Foram votadas destacada e conjuntamente e aprovadas as Emendas nos 02, 05, 06, 12, 18, 19, 25, 26, 29, esta com Subemenda nº 01, 30, com Subemenda nº 01, 31, com Subemenda nº 01, 33, com Subemenda nº 01, 35, 37, 39, 40, 41, 42, 43, 44 e 45. Em prosseguimento, por solicitação do vereador Mauro Pinheiro, foi realizada verificação de quórum, constatando-se a existência do mesmo. A seguir, foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo vereador Nelcir Tessaro, solicitando a transferência dos trabalhos da presente Sessão para o Plenário Ana Terra, por dezessete votos SIM e cinco votos NÃO, após ser encaminhado à votação pelos vereadores Luiz Braz, João Antonio Dib, Fernanda Melchionna, Reginaldo Pujol e DJ Cassiá, em votação nominal solicitada pela vereadora Sofia Cavedon, tendo votado Sim os vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, DJ Cassiá, Elias Vidal, Elói Guimarães, Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença e Não os vereadores Dr. Raul Torelly, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, Luiz Braz e Mauro Zacher. Às vinte horas e oito minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos. Às vinte horas e treze minutos, no Plenário Ana Terra do Palácio Aloísio Filho, foram retomados os trabalhos. Após, por solicitação do vereador Alceu Brasinha, foi realizada verificação de quórum, constatando-se a existência do mesmo. A seguir, o vereador DJ Cassiá formulou Requerimento verbal, solicitando a suspensão da votação do Projeto de Lei do Executivo nº 040/11, o qual, após ser encaminhado à votação pelos vereadores Luiz Braz, Reginaldo Pujol, Professor Garcia, Alceu Brasinha, Maria Celeste, João Antonio Dib, Mauro Pinheiro, este pela oposição, Paulinho Rubem Berta e DJ Cassiá, deixou de ser votado, em face da inexistência de quórum deliberativo. Na oportunidade, em TEMPO DE PRESIDENTE, pronunciou-se a vereadora Sofia Cavedon. Também, em face de Questões de Ordem formuladas pelos vereadores Luiz Braz e DJ Cassiá, a senhora Presidenta prestou esclarecimentos acerca das normas regimentais para pronunciamento em Tempo de Presidente. Após, foi votado Requerimento verbal formulado pelo vereador Mauro Pinheiro, solicitando a prorrogação dos trabalhos da presente Sessão, o qual recebeu dez votos SIM, quatro votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, em votação nominal solicitada pela vereadora Sofia Cavedon, tendo votado Sim os vereadores Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Professor Garcia e Reginaldo Pujol, votado Não os vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, DJ Cássia e Nilo Santos e optado pela Abstenção o vereador Dr. Raul Torelly, votação essa declarada nula pela senhora Presidenta, em face da inexistência de quórum deliberativo. Durante a Sessão, os vereadores João Antonio Dib, Reginaldo Pujol, Carlos Todeschini, Airto Ferronato, DJ Cassiá, Alceu Brasinha, Mauro Pinheiro, Luiz Braz, Nilo Santos, Professor Garcia, Nelcir Tessaro, Fernanda Melchionna, Elias Vidal, Tarciso Flecha Negra e Maria Celeste manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Também, foi registrada a presença do senhor Luiz Carlos Busato, Secretário Estadual de Obras Públicas, Irrigação e Desenvolvimento Urbano. Às vinte e uma horas e vinte minutos, esgotado o prazo regimental da Sessão, a senhora Presidenta declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para Sessão Extraordinária a ser realizada na próxima quarta-feira, às nove horas. Os trabalhos foram presididos pela vereadora Sofia Cavedon e pelos vereadores DJ Cassiá e Paulinho Rubem Berta e secretariados pelo vereador Paulinho Rubem Berta e pela vereadora Fernanda Melchionna. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo senhor 1º Secretário e pela senhora Presidenta.

 

 


A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Havendo quórum, estão abertos os trabalhos da presente Sessão.

Passamos à

 

TRIBUNA POPULAR

 

A Tribuna Popular de hoje tratará de assunto relativo ao Projeto de revitalização e humanização do Viaduto Otávio Rocha. O tempo regimental de 10 minutos para a manifestação dos representantes da Associação Representativa e Cultural dos Comerciantes do Viaduto Otávio Rocha - Arccov -, que será dividido entre dois oradores, o Sr. Adacir José Flores, Presidente, e o Sr. Felisberto Luisi, Assessor Jurídico.

 

O SR. ELIAS VIDAL (Requerimento): Srª Presidente, solicito um minuto de silêncio pelo falecimento do Sr. Jair Farias, na última quinta-feira, devido a um ataque fulminante do coração. Era um funcionário aposentado há pouco tempo, que trabalhou no nosso gabinete, uma pessoa boa, um profissional capaz, amável, e é com muita tristeza que participo o seu falecimento.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Presidente, eu lamento ter que me somar à solicitação do Ver. Elias, e dizer que, realmente, foi uma pessoa boa, que cumpriu um longo tempo nesta Casa. O Ver. Elias era quem mais convivia com ele, mas todos nós nos somamos, com muito pesar, ao Requerimento do Ver. Elias Vidal pelo falecimento do Dr. Jair Farias, dedicado servidor desta Casa por longo tempo.         

 

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI (Requerimento): Nobre Presidente, também quero me somar ao Requerimento do Ver. Elias Vidal, e solicitar também um minuto de silêncio pelo falecimento da Srª Roseli da Silva Gross, esposa do Sr. Gross, liderança comunitária muito antiga do nosso Partido, aqui do bairro Partenon.

 

O SR. ALCEU BRASINHA (Requerimento): Srª Presidente, quero me somar à solicitação do Ver. Oliboni e também solicitar um minuto de silêncio pelo falecimento do Dr. Sócrates, que foi um exemplo no esporte e também atuante na política, com o movimento pelas Diretas Já.

 

O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Srª Presidente, em nome da Bancada do PSD, dos Vereadores Bernardino Vendruscolo e Nelcir Tessaro, somamos-nos a essa solicitação de um minuto de silêncio pelo falecimento do Dr. Jair Farias, um grande lutador pela Zona Sul. Eu o conheci em 2000. Também quero homenagear o Dr. Sócrates, que, além de colega, era amigo, com quem tive o prazer de disputar muitos jogos; era uma pessoa maravilhosa e vai deixar muita saudade como atleta que foi, e também pela sua participação política no movimento Diretas Já.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Deferimos os pedidos.

 

(Faz-se um minuto de silêncio.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Sr. Adacir José Flores, Presidente da Arccov, está com a palavra.

 

O SR. ADACIR JOSÉ FLORES: Boa-tarde. Cumprimento a Verª Sofia Cavedon, Presidente desta Casa; os Srs. Vereadores e Sras Vereadoras; senhores e senhoras que estão no Plenário; autoridades; jornalistas; trabalhadores desta Casa e os que nos assistem pela TVCâmara. A Arccov - Associação Representativa e Cultural dos Comerciantes do Viaduto Otávio Rocha - e o Movimento Amigos do Viaduto, com o apoio da Associação Comunitária do Centro Histórico de Porto Alegre; da Amich, da Amivi, do Secovi-RS, da Agademi, da ARI, da Defender, do Viva Gasômetro, do RP1 (CMDUA), do Movimento Utopia e Luta, do Everest Hotel, do Teatro de Arena, do Movimento de Integração Cultural, do Memorial da Câmara e do Jornal do Centro, estamos comemorando a Semana dos 79 anos do Viaduto Otávio Rocha. Hoje não vou falar das nossas angústias, mas, sim, solicitar o apoio dos Srs. Vereadores e Sras Vereadoras para, junto à Administração Municipal, construirmos uma nova história para esse Monumento. O nosso Movimento pela Revitalização e Humanização do Viaduto Otávio Rocha tem o apoio de três Presidentes Municipais de Partidos, sendo dois Vereadores desta Casa - o Ver. Sebastião Melo, do PMDB, e o Adeli Sell, do PT; e o Deputado Federal Viera da Cunha, do PDT, Partido do nosso saudoso e eterno Governador Leonel de Moura Brizola. Quero salientar que tais Parlamentares são nossos apoiadores desde o início de nosso Movimento, bem como o Líder do PSB, o Ver. Airto Ferronato, que encaminhou o Projeto para a criação de um Fundo Pró-Viaduto, que está tramitando nesta Casa, em conjunto com o então Ver. Valter Nagelstein e com a Verª Sofia Cavedon, que está presidindo a Câmara de uma forma magnífica, seja na área cultural, seja na área social, de forma material e imaterial. O Vereador Pujol, que, por meio da Ouvidoria, acolheu nossas demandas, hoje é um dos apoiadores de nossa causa.

Quero chamar a atenção dos nobres Vereadores, pois nós estamos usando a tribuna desta Casa pela quinta vez, e estamos tratando de um Monumento ímpar na América Latina, que é o Viaduto Otávio Rocha, obra única no mundo. Nós viemos a esta Casa para procurar o seu apoio e resolver o problema, independentemente de Partido.

Portanto, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, demais presentes nesta Casa, expectadores da TVCâmara - que sempre nos questionam o porquê de o Viaduto da Borges, como é chamado popularmente, estar numa situação de abandono -, não viemos, desta vez, para nos lamentar e, sim, através da atuação da Arccov e do Movimento Amigos do Viaduto, dos Conselheiros da RP1-CMDUA, e da Defender - organização em defesa do patrimônio público tombado -, e demais movimentos sociais e culturais, buscar o apoio desta Casa, que tem o dever, de direito e de fato, de nos representar junto ao Executivo para a elaboração e a conclusão do projeto de restauração e recuperação do Viaduto Otávio Rocha junto à SPM - Secretaria do Planejamento Municipal.

Ver. João Dib, Líder do Governo, gostaríamos que V. Exa levasse ao Executivo esses encaminhamentos na busca de uma solução para as nossas ações, que buscam a revitalização e a humanização do Viaduto Otávio Rocha. Nossos encaminhamentos, na busca de recursos, são através de emendas parlamentares pela Frente Parlamentar Gaúcha; por meio de Líderes de Bancadas junto ao Congresso Nacional, e pela Lei de Incentivo à Cultura, junto ao Ministério de Cultura, pois estamos falando de uma obra única na América Latina, que deve ser conservada pela sua magnitude arquitetônica infinita, que só tem a engrandecer o nosso Centro Histórico e a nossa Capital.

Há um provérbio chinês que dz: “Quem começou, projetou, pensou em executar algo já está no meio do caminho”. Então, pensamos juntos aqui, neste momento, em buscar uma solução, de fato, para a elaboração e execução do Projeto pela RP1 - CMDUA (Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbanístico Ambiental); a SPM e a Arccov, para a revitalização e humanização do nosso querido Viaduto.

Para esclarecimento a esta Casa, queremos dizer que estamos resolvendo os problemas dos permissionários com o Jurídico da SMIC de forma que se viabilize a sustentabilidade de todos os permissionários, resgatando sua autoestima e se reestruturando profissionalmente através de cursos e parcerias com a SMIC, com a recém-criada Secretária do Trabalho, com a qual já fizemos contato, e com o Sebrae, do qual já participamos de algumas palestras.

Quero pedir minhas desculpas por não ter mencionado o nome dos Líderes das demais Bancadas; porém conclamo todos, em nome de nosso movimento pela revitalização e humanização do nosso querido Viaduto Otávio Rocha, popularmente conhecido como Viaduto da Borges, para fazerem parte da construção de uma nova história para o Viaduto.

Quero eu, como Presidente da Arccov, dizer que nosso Movimento sempre foi e será em busca de um diálogo franco e aberto, sem radicalismo, e em busca de soluções, e não de culpados; portanto, vamos trabalhar olhando para o futuro de uma forma harmoniosa entre sociedade, comunidade, permissionários e os poderes Legislativo e Executivo. Sendo assim, a nossa Capital ganha e se poderá dizer que este projeto foi feito e executado com sabedoria, respeitando as diferenças e solucionando problemas, na ordem social cultural e, por que não dizer, da ordem judicial, devido às ações do Ministério Público.

Vou citar um provérbio do tolo e do sábio. O tolo, para cada solução, ele dá um jeito de achar infinitos problemas; o sábio, para cada problema, ele tem infinitas soluções.

Para Finalizar, em nome da Comissão Organizadora, Sra Ana Maria Lenz, Vice-Presidente da Associação Comunitária do Centro Histórico, moradora dos Altos do Viaduto e uma incentivadora em prol de nossa causa, dos permissionários; em nome da Presidente da Amich, Rita Chang, que é uma aguerrida lutadora pelo nosso Centro Histórico, que, carinhosamente, nos convidou para integrar a programação junto ao Natal Verde do Centro Histórico; o Movimento de Integração Cultural, através do Ativista Cultural escritor, poeta e critico literário, Gilberto Wallace, e este que vos fala, queremos convidar a todos para participarem de nossas atividades culturais, pois temos painéis junto à ARI, ao Museu Júlio de Castilhos e várias atividades junto aos Altos do Viaduto, no Teatro de Arena, e uma feira multicultural junto aos arcos do Viaduto em comemorações aos 79 anos do Viaduto Otávio Rocha, e já estamos pensando no 80º aniversário do Viaduto, contando com o apoio desta Casa. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Agora complementa a fala o Assessor Jurídico Felisberto Luisi.

 

O SR. FELISBERTO SEABRA LUISI: Boa-tarde a todos e a todas! Nobre Presidente desta Casa, Sofia Cavedon; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, amigos; Vereadores da luta desta Cidade, minha saudação.

Eu venho aqui falar em nome da sociedade civil, com relação à questão do Viaduto Otávio Rocha. O Viaduto Otávio Rocha é uma obra singular da nossa Cidade. Então, no momento em que nós temos a possibilidade de Porto Alegre ser sede da Copa do Mundo, nada mais apropriado do que captar recursos junto ao Governo Federal para resgatar e recuperar essa obra para a nossa Cidade. Ela é um marco. Domingo mesmo, de noite, várias noivas estavam tirando fotos no Viaduto. Então, ele tem uma simbologia ímpar para esta Cidade e para todos nós, e para mim também, porque eu sou morador. O Reginaldo Pujol mora ali; o Adeli; vários Vereadores; o próprio Prefeito de Porto Alegre mora nas cercanias do Viaduto - o Viaduto tem uma simbologia para todos nós. Então, nada mais apropriado do que a gente resgatar esse valor, e o mais importante, no meu entender, é manter a memória imaterial do Viaduto. O que eu quero dizer com a memória imaterial? São os permissionários que há anos labutam naquele Viaduto; apesar de todas as adversidades estão lá labutando com uma diferenciação de trabalho. Há vários Vereadores aqui, como o Nedel, com quem temos anos de convivência; o Cassiá, que eu conheci na luta; Toni Proença, Nelcir Tessaro, o meu amigo e colega Pedro Ruas, Fernanda Melchionna, várias outras pessoas - se eu esquecer alguém é porque eu perdi um pouco o hábito de usar a tribuna; também o meu amigo lá do Rubem Berta, o Paulinho, grande lutador no Orçamento Participativo. Eu peço a compreensão dessa Casa para que olhe também o Fundo Pró-Viaduto, que tramita nesta Casa. Então, nada melhor, nobre Ver. João Dib, que o Governo endosse a proposta da constituição de um Fundo cujos autores foram o Ver. Airto Ferronato, a nobre Verª Sofia Cavedon e o Ver. Valter Nagelstein, em conjunto, proposta que deve partir do Executivo e do Legislativo. E as Bancadas, junto aos seus Deputados Federais e ao Governo do Estado, também deve alavancar recursos para recuperar essa obra para a nossa Cidade. Obrigado pela atenção. Contamos com o apoio de todos. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Esse foi o Felisberto Luisi, Assessor Jurídico da Associação Representativa e Cultural dos Comerciantes do Viaduto Otávio Rocha.

O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sra Presidente, falo em nome Bancada do PSD, formada por este Vereador, pelo Ver. Nelcir Tessaro e pelo Ver. Tarciso Flecha Negra. Queremos nos somar, Srs. Adacir e Felisberto, a essa luta dos senhores. Nós também estamos preocupados em saber quanto os senhores estão pagando pelos aluguéis e estaremos encaminhando, logo a seguir, um Pedido de Informações, como determina o nosso Regimento. Podem ter certeza de que nós estaremos juntos nessa luta para que os senhores tenham condições dignas de trabalhar e pagar valores dignos também. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sra Presidente, Srs. Vereadores. Sras Vereadoras. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) O Felisberto vai ter condições de avaliar exatamente o que vou lhe dizer. Vou repetir o que o seu pai diria: o preço da liberdade é a eterna vigilância. O preço da manutenção desse monumento à cultura da Cidade é permanente, nós temos que estar sempre lutando por ela. Eu me lembro de que, há um ou dois anos, nós estivemos lá e vimos aquelas rachaduras, aquelas infiltrações, aquele elevador histórico que não funciona, as pedras desconjuntadas; enfim, a tristeza de saber que, há alguns anos, foi feito pela EPT, uma grande empresa, uma reforma, uma restauração fabulosa no Viaduto e que, depois de seis ou oito meses, ele já estava pichado - a expressão “pichado” é exatamente a que se adequa, porque é piche mesmo o que foi colocado, num vandalismo absolutamente inconsequente. Acho que ninguém tinha esperança de ver pessoas ficarem satisfeitas com o que eles escreveram lá nas nossas paredes; só podem comprar a antipatia de todos nós, que queremos ver preservado o Viaduto Otávio Rocha. Eu quero reafirmar o que já disse em outras ocasiões: nós temos que fazer essa corrente, esse elo. Não vejo ninguém se recusar a apoiar a causa do Viaduto; portanto, não sei por que não vai para frente; essa é uma grande indagação. Por que, se todos nós concordamos? Se vier um projeto aqui para a Câmara para colocar recursos no Orçamento, vai todo o mundo aprovar e bater palmas; se tiver que fazer um movimento em Brasília para sensibilizar a Bancada gaúcha a colocar recursos, nós vamos; se tiver que lutar junto ao Ministério da Cultura para introduzir o Projeto Monumenta, como já ocorre com a Praça da Alfândega, a Igreja das Dores ou o prédio do Clube do Comércio, nós faremos também.

Então, o negócio é o seguinte: vamos nos organizar e vamos partir para a verdadeira resistência. Vamos para frente, vamos preservar o Viaduto Otávio Rocha. Eu me sinto constrangido de falar, porque sou vizinho, mas não quero continuar tendo a amargura, a tristeza e a vergonha de ver a degradação em que o mesmo se encontra. Muito obrigado a vocês. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Paulinho Rubem Berta está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. PAULINHO RUBEM BERTA: Sra Presidente, quero saudar a Associação Representativa e Cultural dos Comerciantes do Viaduto Otávio Rocha, bem como o Sr. Adacir José Flores, seu Presidente, e o meu querido amigo Felisberto Luisi, companheiro de muitas lutas no Orçamento Participativo, sempre em busca de melhorar a qualidade de vida da nossa Cidade.

Quero deixar, em nome da minha Bancada, todo o nosso apoio nessa luta. Nós estamos juntos, vamos trabalhar juntos, e, como disse aqui o Ver. Reginaldo Pujol, se for preciso formar essa resistência em favor da preservação do viaduto, lá estaremos, lado a lado, de mãos dadas, para fazer com que isso venha a acontecer na Cidade, porque isso é para a cidade de Porto Alegre. Parabéns.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. PEDRO RUAS: Pelo PSOL, em meu nome e em nome da Verª Fernanda Melchionna, digo aos meus amigos Flores e Felisberto, que são dois lutadores, que eu fico até meio constrangido, porque, se é para erguer estádio lá nos confins do País, surge dinheiro de tudo que é lado. E surge mesmo. Há estádios aqui que são como na África do Sul: tempos depois, depois da Copa, serão destruídos. Não tem nenhum sentido um megaestádio como vão fazer em Brasília, por exemplo; ele não vai ser utilizado.

Então nós vemos, hoje, esse trabalho todo pela preservação e humanização do Viaduto Otávio Rocha, e faltam recursos! Falta recurso para o Viaduto Otávio Rocha, símbolo de Porto Alegre, símbolo do Rio Grande, que nos mostra o que era a arquitetura do País naquele período! Isso é inadmissível! Eu quero dizer o óbvio, Flores e Felisberto: vocês contem conosco, contem com o PSOL, contem comigo e com a Fernanda Melchionna. Nós estaremos juntos nessa luta para reivindicar e para denunciar o mau uso do dinheiro público, que poderia estar ali, por exemplo. A causa de vocês é justa e tem o apoio do PSOL. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Minha cara Presidente Sofia; Sr. Flores, Sr. Felisberto, nossos ilustres visitantes, também em nome do meu Partido, o PSB, nós estamos aqui para trazer o nosso apoio e dizer aquilo que eu já tenho dito há algum tempo para vocês: a importância do Viaduto Otávio Rocha no contexto da cidade de Porto Alegre.

Ainda em 2009, quando discutimos o Plano Diretor da Cidade, reunimo-nos com vocês e apresentamos um projeto que foi uma demanda lá do Centro. O Projeto teve a mim como capitaneador, mas assinaram também a Verª Sofia Cavedon e o Ver. Valter Nagelstein. Na época, tivemos lá a presença de autoridades do Executivo, todos eles favoráveis. É preciso que se deem passos consistentes no sentido da viabilização de recursos para que se tenha ali a possibilidade de manutenção, reforma, construção e assim por diante. Portanto, estamos juntos e, a partir de agora, vamos dar uma celeridade àquele projeto, até porque é a partir dele que se começa a captar recursos de forma organizada. Um abraço, contem conosco. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Toni Proença está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. TONI PROENÇA: Sra Presidente, Verª Sofia Cavedon, eu queria saudar o Flores e o meu amigo Felisberto, que, com alegria, vejo voltar à militância da Cidade; ele, que estava meio descansado nos últimos tempos, e dizer que Porto Alegre está vivendo um momento ímpar, que é o momento da restauração do Auditório Araújo Viana. Agora, foi anunciada pelo Governo do Estado a restauração da Casa de Cultura Mário Quintana; o Projeto do Cais; a Praça da Alfândega e tantos outros; e há o evento da Copa, que vai nos trazer muitos turistas, esperamos nós, ao longo dos próximos anos. Mais do que isso, vai nos possibilitar também ter acesso a crédito e a recursos que normalmente não estão disponíveis. Então, nós, da Bancada do Partido Pátria Livre, queremos nos somar a essa luta e achamos que deveríamos sugerir que, para o Viaduto Otávio Rocha, se fizesse a mesma mobilização que se fez para o Cais, que se fez para o Araújo Viana, se fez pela Casa de Cultura Mário Quintana, um movimento forte na Cidade, que sensibilize a Cidade a que a população se envolva, porque só assim, com a população envolvida e mobilizada, os governos passam a ter força para também atuar na restauração do Viaduto.

Eu quero fazer uma saudação especial a um poeta, que é um lutador desta causa, que é Wallace Battilana, que eu vejo aqui nos prestigiando hoje com a sua visita; e dizer a vocês que este é o caminho: lutar, lutar, lutar.

E, como disse o Pujol, depois que a gente conseguir a restauração do Viaduto Otávio Rocha, vamos, em seguida, começar a luta para a manutenção do Viaduto. Parabéns pela luta. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Adeli Sell está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. ADELI SELL: Sra Presidente; Adacir; Luisi, é um prazer poder falar em nome da minha Bancada, a Bancada do Partido dos Trabalhadores, e dizer do nosso trabalho, do nosso empenho em defesa de um dos principais patrimônios da Cidade de Porto Alegre. Não são apenas os 79 anos; é o conjunto arquitetônico, é a engenharia para aquela época, o local onde foi feito, a dificuldade toda; ela tem que ser resgatada cotidianamente para a Cidade. Esta Semana dos 79 Anos do Viaduto é exatamente para fazer isso. Nós queremos nos empenhar na defesa desse patrimônio, buscar os recursos necessários para a sua recuperação. Faremos todos os esforços possíveis e imagináveis para que as pessoas que ali estão - e eu passei quase 16 anos como permissionário, vendendo livros, e, para mim, é extremamente gratificante poder estar com vocês, com a Cidade de Porto Alegre, porque eu não acho que esta seja uma luta apenas dos permissionários; é uma luta da Cidade de Porto Alegre. Portanto, conte com o nosso empenho, a nossa dedicação e a nossa força total e absoluta. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. DJ Cassiá está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. DJ CASSIÁ: Sra Presidente; em nome da Bancada do PTB, dos Vereadores Nilo Santos, Alceu Brasinha, Elói Guimarães, saúdo o Flores, o Felisberto; nos conhecemos de longa data, de muitas lutas. Às vezes, a gente fica imaginando: “Bom, a minha chegada aqui talvez tenha surpreendido muita gente”, mas as pessoas, às vezes, desconhecem a nossa história. Militamos por muitos anos no movimento comunitário, enfim, mas estou aqui para falar da questão do Viaduto em nome da minha Bancada.

Quero falar de um cartão-postal de Porto Alegre. Ontem mesmo, houve um evento no Lindóia Tênis Clube - foi matéria hoje no Jornal do Almoço -, onde fizemos uma festa para as debutantes, meninas carentes. Ontem debutaram 20 meninas no Lindóia, e, antes de elas irem para lá, as 20 passaram no Viaduto para fazer uma sessão de fotos.

Concluo dizendo que o tema é de extrema importância, e, quando é de extrema importância, Presidente, quando estamos a fim de apoiar e de abraçar, eu acho que a causa tem que ser de todos, e não de um só. Como bem disseram alguns colegas que falaram aqui, Ver. Tarciso, há investimentos em “elefantes brancos”, em estádios de futebol, enfim. Por que não um investimento tão menor nesse cartão-postal para a nossa Cidade, que é o nosso Viaduto? Quero, em nome da nossa Bancada, dar parabéns a vocês e nos colocar à disposição. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Obrigado, Presidente. Quero saudar o Felisberto, o Flores. Estás muito bem, Flores: magro, jovem; eu e o Felisberto continuamos com essa carinha mais antiga um pouco. Nós dois tivemos muitos embates; às vezes, por diferenças, mas sempre de frente. Eu quero dizer que o Viaduto Otávio Rocha é um patrimônio de Porto Alegre; então, eu não acredito que alguém seja contra o Viaduto. Eu tenho uma pendência desde lá atrás, de uns dez anos, em relação à reforma do Viaduto, quando os permissionários tinham a dívida daquela reforma - o que não deve -; no período da reforma, eu acho que é um absurdo. Depois, eu acho que se deveria fazer um acordo. Com alguns, deu para fazer; não sei como está agora.

Eu quero falar agora da importância do Viaduto, que não depende só dos permissionários, não depende só dos vizinhos, depende da Cidade. Se nós falamos que vem todo o mundo para tirar foto... O Ver. DJ Cassiá disse que as gurias foram tirar fotos lá, foi uma sessão de fotos; há comerciais de automóveis na televisão, há fotografias... É um cartão-postal de Porto Alegre. Então, isso é uma obrigação de todos nós, da cidade de Porto Alegre como um todo, proteger aquele patrimônio histórico não só com câmeras, que já estão instaladas, mas com benfeitorias. Tem que falar com o Epahc para ver se dá para mudar um pouco aquela fisionomia, não sei se tem que pintar, fazer alguma coisa, mas que isso seja uma obrigação, seja um compromisso de vontade de organizar o Viaduto Otávio Rocha. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento, pela oposição.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Vou falar em nome da Bancada do PSOL, em nome da oposição, em relação a este tema tão importante. Quero cumprimentar o Flores; cumprimentar o Felisberto e dizer que, do ponto de vista da ausência dos recursos públicos para uma coisa tão importante para a Cidade como a revitalização do seu Centro, dos espaços que são parte da memória da história da Cidade, o Ver. Pedro Ruas já falou muito bem.

Eu queria trazer a vocês o nosso apoio ao Projeto do Fundo, que o Felisberto trouxe para a tribuna. Para nós é importante que haja políticas do Fundo público para ajudar nas obras de revitalização e ocupação do espaço do Viaduto Otávio Rocha, para que a responsabilidade não recaia sobre os permissionários e sobre a Cidade. Bem presente nós estamos vendo uma política de Parcerias Público-Privadas que acabam virando “privadas-privadas” em várias áreas da Cidade, que oneram a população e que privatizam espaços muito importantes. Foi assim no caso do Camelódromo, foi assim no debate que nós fizemos em relação ao Largo Glênio Peres, que agora tem um Projeto de Lei que restringe o uso do Largo Glênio Peres - e nós avisamos que isso poderia ocorrer.

Estou muito contente por esta luta para que haja recursos e para que, como vocês estão fazendo muito bem, a comemoração dos 79 anos do Viaduto Otávio Rocha, a sociedade controle e transforme não só num ponto histórico, mas também num ponto cada vez mais usufruído pelos porto-alegrenses, pelos visitantes e por aqueles que, como nós, amamos o Viaduto. Obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Mario Fraga está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. MARIO FRAGA: Sr. Flores; Felisberto, meus conhecidos de longa data pelas suas lutas, nós, da Bancada do PDT, dos Vereadores Mauro Zacher, Luciano Marcantônio, Dr. Thiago Duarte e deste, queremos nos somar a tudo o que os Vereadores falaram, em especial à cidade de Porto Alegre, pelo que representa o Viaduto para nós. Eu estou supercontemplado, quando o Sr. Flores fala no Deputado Vieira da Cunha, quem eu represento aqui nesta Casa, e ele nos representa em Brasília. Então, eu fico contente e me coloco à disposição assim como toda a nossa Bancada, pelo Viaduto, pelos permissionários e pela nossa Cidade. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sra Presidente, Verª Sofia Cavedon; meus caros Adacir Flores, Felisberto Luisi; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras; meus senhores e minhas senhoras, eu ouvi com atenção V. Sas como ouvi com atenção todos os Vereadores que usaram da prerrogativa do tempo de Bancada para falarem sobre o assunto, mas aí me lembro do Presidente Kennedy e vou parafraseá-lo dizendo: “Não devo perguntar o que a cidade pode fazer por mim, mas, sim, o que eu posso fazer pela cidade.” Aí, eu pergunto: “O que os senhores têm feito pelo Viaduto?” É uma pergunta. Eu já vi Prefeitos recuperarem tudo do Viaduto. Inclusive eu, como Prefeito, coloquei tudo em ordem, iluminação, pintura. Vocês protegeram o Viaduto? Botaram guarda? Vocês só estão preocupados, me parece, em manter os seus negócios lá, mas a Cidade também precisa do apoio de vocês. Se um outro lojista tem problema no passeio, ele tem que recuperar o passeio. Nós, no Viaduto, esperamos pela Prefeitura e criticamos a Prefeitura e até os Vereadores porque não estão prestando atenção convenientemente - aparentemente não estão prestando atenção. Então, é muito fácil fazer discurso para ser agradável. Volto a perguntar: a Cidade precisa de nós ou nós precisamos da Cidade? Quem é que precisa de quem? Não sei, mas acho que nós devemos bastante para a nossa Cidade, assim como os comerciantes do Viaduto devem para ele. Lá eles recebem seus clientes, fazem os seus negócios; então, deveriam também ter a preocupação de manter o Viaduto em excelentes condições. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Já vou passar a palavra aos nossos convidados, mas antes quero fazer duas proposições. Ver. Airto Ferronato, o nosso Projeto de um Fundo para o Viaduto está na Ordem do Dia para votar, e alguns Vereadores, inclusive, se colocaram meio constrangidos, porque não foram poucas as vezes que retomamos nesta Casa o tema Viaduto Otávio Rocha; foram vários momentos de Comissões, visitas. Então, a Câmara se sente meio impotente. E a Câmara elaborou, sim, uma proposta para que os permissionários tenham instrumento para poder ajudar a manter aquela obra de arte que é muito grande, que é onerosa, que é muito utilizada e que é muito avariada por estar no Centro da Cidade. Então, nós estamos com um projeto do Fundo na Ordem do Dia, e eu proponho ao conjunto dos Líderes, Ver. João Antonio Dib, que votemos. Estamos priorizando votar todos os projetos - o Ver. Airto não está neste momento -, e, como coautora, quero propor aos senhores que esta Casa ofereça ao Executivo um instrumento, para que os permissionários possam, com parte do que pagam, gerenciar, tomar providências eles mesmos em relação à segurança, iluminação, manutenção, que foi a construção que nós fizemos a partir da Comissão do Plano Diretor.

E a segunda proposição que eu faço aos senhores é que, no sábado, na medida das suas disponibilidades de agenda, nós possamos ir fazer o Câmara no Viaduto; o Natal Verde terá atividade das 9h às 12h; e talvez às 10h, 10h30min, nós pudéssemos fazer mais uma volta, mais uma vistoria da Câmara de Vereadores no Viaduto Otávio Rocha. Todos nós sabemos que não adianta, Ver. João Antonio Dib, fazermos investimento no momento; a Administração Popular também fez um grande reparo no Viaduto, mas, enquanto ele não tiver vida e condição de manutenção própria, vai ficar muito difícil ter uma obra e, principalmente - falando em meu nome -, condições dignas para vocês realizarem seu trabalho, porque chove dentro, é abafado, há toda a questão da poluição, de todo aquele lugar onde não é fácil de sobreviver, e vocês ali resistem, com a história, com a entidade do Viaduto. Então, eu faço esses dois encaminhamentos e espero que possamos votar esse Projeto, se não na quarta-feira, já na segunda-feira, oferecendo um instrumento a vocês e ao Governo Municipal para a manutenção.

O Sr. Adacir José Flores está com a palavra para o encaminhamento final.

O SR. ADACIR JOSÉ FLORES: Em primeiro lugar, eu quero homenagear duas meninas que estão aqui, que são nossas leitoras mirins do Espaço Cultural Qorpo Santo. Eu acredito que uma sociedade mais justa só se faz com cultura e conhecimento. E nós, no Viaduto, trabalhamos em um projeto junto àquele espaço cultural, com a ideia de leitores mirins, que tem envolvido, no Viaduto, em torno de dez meninas e meninos moradores do entorno.

Sobre a questão que o nobre Ver. João Dib, Líder do Governo, levantou: o que nós damos para a Cidade? Nós não damos nada para a Cidade; nós fazemos parte da Cidade, nós fazemos parte do Viaduto. E nesse sentido, João Dib, é que nós estamos aqui. Se hoje existe uma lei da Semana do Viaduto, nós é que trouxemos para esta Casa, apresentamos ao Ver. Adeli Sell e foi aprovada por todos os Vereadores.

O Fundo do Viaduto, quando da visita dos Vereadores pelos projetos especiais, fomos nós que propusemos nos moldes do Fundo do Mercado Público. Então, nós trabalhamos nesse sentido. Por exemplo, antes nós não tínhamos uma entidade. Hoje nós temos a Arccov, que está registrada, com CNPJ. E isso foi no sentido de buscarmos, através da nossa entidade, recursos para aquele equipamento cultural tombado desde 1988.

Nós é que chamamos a atenção do Poder Público - Executivo e Legislativo - quando o Viaduto estava tomado pela marginalidade de forma incontrolável, com tráfico de drogas, há quatro anos. Eu digo que, se nós não somos o pulmão do Viaduto Otávio Rocha, somos o coração, porque nós vivemos o dia a dia lá. E, ao contrário do que o senhor pensa, nós nos preocupamos com o bem material, com o equipamento. E hoje, além de nos preocuparmos com a questão material, estamos preocupados com a questão imaterial, porque há pessoas que acham que nós não deveríamos estar lá. Porém, se não estivéssemos lá, quem estaria defendendo o Viaduto hoje? Quem estaria aqui hoje dizendo que o Viaduto tem 79 anos? Quem levantou a questão de que o Viaduto é a obra ímpar na América Latina e uma obra única no mundo? É o nosso trabalho, junto com os pesquisadores e historiadores. Então, é nesse sentido que nós trabalhamos e queremos construir com o Legislativo, com o Executivo, deixarmos as arestas de um passado não muito distante e buscarmos soluções para o futuro nessa construção. Ver. João Dib, gostaria da sua sensibilidade para trabalharmos nisso em conjunto, para deixarmos isso marcado para o futuro, e, daqui a 10 anos, o senhor me faça novamente essa mesma pergunta... Não será necessário o senhor me fazer essa pergunta daqui a dez anos, porque já vai estar construído isso que nós estamos trabalhando aqui em conjunto com todos. Obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. João Dib.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Não, eu falo depois.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Sr. Felisberto Luisi está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. FELISBERTO SEABRA LUISI: Nobre Ver. João Dib, engenheiro civil, se não me falha a memória, o Viaduto tem problemas crônicos de infraestrutura. Nós, desde 2005, estamos solicitando uma avaliação estrutural do Viaduto para avaliar quais são os problemas. Como o Flores muito bem falou aqui, nós propusemos a criação do Fundo não para que recaísse só sobre os pagamentos dos permissionários; encaminhamos a proposta, que está tramitando nesta Casa e que depende de uma parceria com o Legislativo. Viemos construir uma alternativa para o Viaduto. Todos nós somos responsáveis por ele. Ele é importante não só para a Cidade, não só para os permissionários, mas para o País, porque é uma obra ímpar. O senhor, como engenheiro, sabe disto, qual é a importância desse marco arquitetônico para a Cidade. Ela não é uma obra dos permissionários, ela é uma obra nossa, e todos somos responsáveis por ela. Estamos procurando construir alternativas. Se depender de recursos federais, vamos buscá-los, mas o Município tem que dar a contrapartida. Quem faz a análise técnica do Viaduto? Somos nós? Podemos contratar uma empresa para avaliar a estrutura do Viaduto. Vamos buscar um engenheiro que faça o trabalho gratuitamente, porque a Arccov não dispõe de recursos para pagar. Encaminhamos uma auditoria contábil, nobre Vereador, para avaliar os valores que os permissionários estavam pagando e apresentamos à Administração. Ela está com o Secretário Valter Nagelstein, foi entregue pela Arccov. A Associação não quer se aproveitar de um espaço, queremos condições para trabalhar como todos nós temos esse direito, nobre Vereador. Nós não estamos aqui para chorar, nós estamos aqui para construir uma proposta e nós temos uma, só que se trata de um monumento público, não depende de nós. Se fosse um monumento da nossa propriedade... Tem a Defender, que é uma associação que defende o patrimônio público, que quer ser parceira. Há recursos do Ministério da Cultura, é só saber buscar, e estamos aqui para isso. Contamos com as suas sensibilidades, a do seu Governo e de V. Exa, principalmente. Era isso. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sra Presidenta, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, meus senhores, minhas senhoras, o Sr. Flores me respondeu a pergunta. Ele disse textualmente: “Nós não fazemos nada pela Cidade; nós estamos na Cidade”. Eu não conheço ninguém aqui dentro desta Casa para me ensinar a história do Viaduto Otávio Rocha. Eu sei, eu conheço o problema da sua estrutura, não há nenhum problema. Eu continuo perguntando: todos pagam o aluguel direitinho? Será que cuidam das coisas que ali estão? Cuidam para que não haja pichação? Não se preocuparam em colocar uma vigilância paga por todos? Quer dizer, há uma série de coisas que poderiam fazer pelo Viaduto, que hoje está tão encantado das orações que aqui são feitas. Mas eu quero que todos ajudem; por isso eu pergunto novamente. Eu não vou perguntar o que o Viaduto pode fazer por mim, mas o que eu posso fazer pelo Viaduto - essa é a pergunta que eu devo fazer. Saúde e PAZ! E o Regimento para por aí.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Inclusive a sua fala, Ver. João Antonio Dib, será considerada de Liderança de Governo.

 

(Manifestação fora do microfone do Ver. João Antonio Dib. Inaudível.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Sim, Ver. Dib, porque foram dois minutos utilizados pelo PP.

 

(Manifestação fora do microfone do Ver. João Antonio Dib. Inaudível.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em que tempo V. Exa falou? Vossa Excelência citou o Regimento.

 

(Manifestação fora do microfone do Ver. João Antonio Dib. Inaudível.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Direito de resposta? O senhor é conhecedor do Regimento, sabe que o direito de resposta não está previsto nele.

 

(Manifestação fora do microfone do Ver. João Antonio Dib. Inaudível.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Mas eu enquadrei o tempo de dois minutos à situação. Sendo assim, o Ver. João Antonio Dib manifestou-se nos termos do art. 206 do Regimento, pelo Governo.

 

(Manifestação fora do microfone do Ver. Haroldo de Souza. Inaudível.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Haroldo de Souza, acho que fica bem assim.

Então, senhores, nós tivemos propostas aqui. Houve disposição de todos para colaborar, há duas propostas concretas desta Presidente. Espero que votemos na quarta-feira o Fundo para o Viaduto, composto e assinado pelo atual Secretário da SMIC, Sr. Valter Nagelstein.

Agradeço a presença do Sr. Adacir José Flores, Presidente da Associação Representativa e Cultural dos Comerciantes do Viaduto Otávio Rocha; do Sr. Felisberto Luisi, Assessor Jurídico da Associação; dos artistas e de todos os permissionários e permissionárias presentes.

No sábado, estaremos lá para reforçar esta luta, que é de toda a Cidade, que preza esta obra de arte, que é um patrimônio que tem de ser preservado; mas não é um patrimônio material apenas, e sim um patrimônio imaterial, com seus permissionários, suas atividades, sua identidade. Parabéns, e obrigada pela presença nesta Casa.

Passamos ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

O Ver. Elias Vidal está com a palavra em Grande Expediente. (Pausa.) O Ver. Elói Guimarães está com a palavra em Grande Expediente. (Pausa.) Não havendo mais inscritos, está encerrado o Grande Expediente.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 15h15min): Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

Apregoo Requerimento, de autoria do Ver. Engenheiro Comassetto, solicitando a retirada de tramitação da Emenda nº 01 ao PLCL nº 003/11. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

Apregoo Requerimento, de autoria do Ver. Beto Moesch, solicitando a retirada de tramitação do Requerimento de dispensa do envio das Emendas nº 02, 03 e 04 ao PLL nº 187/08 à apreciação das Comissões, para Parecer, de sua autoria. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sra Presidente, a solicitação de dispensa de envio às Comissões, são as Emendas?

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): De três Emendas.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 3381/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 036/11, que cria 9 (nove) cargos de provimento efetivo de Cirurgião-Dentista e 4 (quatro) cargos de provimento efetivo de Auxiliar de Gabinete Odontológico na Administração Centralizada do Município.

 

Parecer:

- da CCJ. Relator Ver. Mauro Zacher: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto.

Observação:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, III, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM em 28-11-11.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLE nº 036/11. (Pausa.) Não há quem queira discutir. (Pausa.) Em votação nominal, solicitada por esta Presidência, o PLE nº 036/11. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 23 votos SIM.

 

VOTAÇÃO NOMINAL

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

1º TURNO

 

PROC. Nº 1958/11 – PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 003/11, de autoria do Ver. Aldacir José Oliboni e outros, que inclui art. 19-A na Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, proibindo a nomeação ou a designação para cargo em comissão ou função de direção, chefia ou assessoramento, na administração direta e na administração indireta, de pessoa que seja inelegível em razão de atos ilícitos.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. João Antonio Dib: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Pedro Ruas: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA, em ambos os turnos – art. 130 do Regimento da CMPA;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia em 30-11-11.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação nominal o PELO nº 003/11. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 28 votos SIM, em 1º turno.

Suspendo, neste momento, os trabalhos, para a realização da Reunião Conjunta das Comissões. Na sequência, voltamos para a discussão e votação do Orçamento 2012.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 15h25min.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 17h51min): Estão reabertos os trabalhos.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 3490/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 040/11, que estima a receita e fixa a despesa do Município de Porto Alegre para o exercício econômico-financeiro de 2012. Com Emendas nos 01 a 33 e 35 a 45 e Subemendas nos 01 às Emendas nos 07, 08, 11, 13, 14, 22, 29, 30, 31, 32 e 33.

 

Parecer:

- da CEFOR. Relator Ver. Airto Ferronato:

a) pela aprovação do Projeto de Lei do Executivo nº 040/11;

b) pela aprovação das Emendas nos 01; 02; 03; 04; 05; 06; 07, com Subemenda nº 01; 08, com Subemenda nº 01; 09; 10; 11, com Subemenda nº 01; 12; 13, com Subemenda nº 01; 14, com Subemenda nº 01; 16; 18; 19; 20; 21; 22, com Subemenda nº 01; 24; 25; 26; 29, com Subemenda nº 01; 30, com Subemenda nº 01; 31, com Subemenda nº 01; 32, com Subemenda nº 01; 33, com Subemenda nº 01; 35; 37; 38; 39; 40; 41; 42; 43; 44 e 45;

c) pela rejeição das Emendas nos 15, 17, 23, 27, 28 e 36.

 

Observações:

- para aprovação, maioria simples de votos, presente a maioria absoluta dos Vereadores – art. 53, “caput”, c/c art. 82, “caput”, da LOM;

- o Projeto será votado com as Emendas com Parecer pela aprovação, nos termos do art. 120, VI, do Regimento da CMPA;

- para a votação em separado de Emenda com Parecer pela aprovação ou rejeição, será necessário requerimento subscrito por um terço dos membros da Casa – art. 120, VI, do Regimento da CMPA;

- após a aprovação de Parecer na CEFOR e durante a Ordem do Dia não serão admitidas Emendas (art. 120, § 1º, do Regimento);

- retirada de tramitação a Emenda nº 34.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLE nº 040/11.

Apregoo o Requerimento que solicita a votação em destaque das Emendas nºs 01, 03, 04, 07, 08, 09, 10, 11, 13, 14, 20, 21, 22, 24, 32 e 38 ao PLE nº 040/11.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sra Presidente, quem preside a assinatura dos destaques?

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Antonio Dib, Líder do Governo.

O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir o PLE nº 040/11.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Sra Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, hoje estamos aqui para discussão e votação da Lei Orçamentária, que temos discutido todos os anos. Aprovamos aqui a Peça, mas ela não é cumprida, em especial no que diz respeito aos investimentos. Neste ano, talvez vamos chegar a 40% daquilo que é aprovado, por quê? Porque o Prefeito promete a si mesmo, promete à Cidade através do Orçamento Participativo, promete à Câmara de Vereadores, mas o indicador de execução orçamentária é muito baixo, e este ano estamos tratando de um recurso de R$ 4,47 bilhões. É bastante dinheiro. Aí estão as obras da Copa, dos programas Pisa, PIEC, enfim, um conjunto de ações e investimentos importantíssimos para a melhoria da Cidade.

Temos aqui presente também a comunidade que representa a Unidade de Saúde do Conceição, que se encontra localizada na Rua Álvares Cabral, uma UBS que está lá há 29 anos e que não tem sede própria, e, em tendo um terreno, o Grupo Hospitalar Conceição se compromete a instalar uma Unidade Básica de Saúde para melhorar o atendimento. A Emenda que inclui esta ação é a nº 01, e felizmente está incluída como Emenda recomendada para aprovação. Então, estão de parabéns, porque isso vai dar uma perspectiva de melhoria para atendimento e construção daquele posto, viabilizar o posto em parceria com o Conceição, ficando a comunidade melhor atendida em Saúde.

Aqui nós podemos aprovar ou não. Ordinariamente, nós aprovamos por consenso, por unanimidade, a Peça Orçamentária que o Governo propõe. A execução é de responsabilidade única e exclusiva do Executivo, porque ele recebeu todos os títulos legais, recebeu a autorização desta Câmara para realizar esse Orçamento que está proposto, e ele é grande. Repito: R$ 4,47 bilhões. É o maior Orçamento da história de Porto Alegre, mas, para ser completo, ele tem que acontecer, tem que acontecer diferente dos anos passados, Orçamentos que deixaram muito a desejar, ficaram muito aquém. Infelizmente, no Brasil, a Lei Orçamentária é apenas uma lei autorizativa, ela permite, ela autoriza, ela aloca, ela planeja os recursos, mas, se o governante não executar, a penalidade é apenas a crítica ou o desgaste político, muitas vezes, com a não eleição.

Portanto, vamos aprovar por unanimidade o que está proposto, mas cabe este alerta: o Executivo também tem que fazer a sua parte, que é a execução do Orçamento que aprovamos e que pelo Executivo foi enviado a esta Casa. Obrigado pela atenção. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Airto Ferronato informa que, sobre as estações radiobases, está marcada uma reunião no dia 15 de dezembro, às 9h30min, no Plenarinho, pela Comissão da Copa. Eu sugiro que os Vereadores convidem as instituições, os técnicos, porque será um momento para fazer um bom debate.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Sra Presidente, a COSMAM é uma Comissão técnica, e eu penso que esse Projeto tem que ser debatido numa comissão técnica, para além da Comissão da Copa. Obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Já fica a proposição, Ver. Dr. Thiago Duarte, para a COSMAM chamar esse debate.

O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir o PLE nº 040/11.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, Sras Vereadores, o grande momento do Vereador é a discussão do Orçamento para o ano seguinte. São 18h, a Sessão vai até as 18h45min, e nós iniciamos a discussão do Orçamento que deveria ter sido iniciada mais cedo. Estou, então, fazendo uma proposição - evidentemente nós vamos aprovar o Orçamento; o Projeto será aprovado - para que sejam votadas e aprovadas em bloco as seguintes Emendas nºs 02, 05, 06, 12, 18, 19, 23, 25, 26, 29, 30, 31, 33, 34, 35, 36, 37, 39, 40, 41, 42, 43, 44 e 45.

Essas Emendas podem ser votadas em bloco, são favoráveis, acho que não há ninguém contrário. Nós até aprovaríamos a Emenda nº 01, de R$ 1,3 milhão, mas a Secretaria da Saúde entende que o terreno ali proposto, de 600 metros quadrados, não resolve o problema, porque a área deveria ser de 3.000 metros quadrados, mesmo a importância elevada, não resolve o problema. Então, por isso, apesar de aprovada pelo Relator, Ver. Airto Ferronato, e sendo uma Emenda popular, de interesse, não tem como fazer, porque a área de 600 metros quadrados não resolveria o problema da Unidade de Saúde, que precisa ter 3.000 metros quadrados.

Então, eu proponho aqui que nós, de imediato, votássemos essas Emendas às quais há Parecer favorável do Governo e, depois, as outras que estão destacadas. Podemos discutir uma a uma, sem nenhuma dúvida, mas, de qualquer forma, já aceleraríamos. Não adianta fazermos discursos e mais discursos, quando nós precisamos é de objetividade. Acho que fui claro e objetivo, e faríamos um processo de discussão acelerado, como estamos em cima da hora, e hoje é o último dia, segundo a Lei Orgânica, já que temos somente mais 40 minutos de Sessão. Gratos a todos. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A nossa Diretoria Legislativa está verificando se existe alguma dificuldade para a votação em bloco.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Eu acho que é razoável o que propõe a Liderança do Governo, porque ele propõe dar essas como aprovadas. Como ninguém quer derrubar Emenda nenhuma, as pessoas querem é aprovar as suas Emendas, restam - podem, depois, ser examinadas uma a uma - as outras Emendas, inclusive algumas minhas, que ele não incluiu no rol das aprovadas, apesar de ter contemplada essa quantidade muito significativa de Emendas, cerca de 35 Emendas. Acho que é bom. Discutamos o resto.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Muito bem, o Ver. Dib propõe que sejam em bloco. Como eu entendi, não há acordo de Líderes.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Dirijo-me à Liderança do Governo, Ver. João Antonio Dib, porque penso que é possível incluirmos a Emenda nº 01 nesse bloco, retirando o destaque, já que a comunidade está aqui presente na busca desse recurso, que é importante e fundamental, tanto é que foi acolhida, aqui, pelo Relator por ser um tema, me parece, pacífico e de uma necessidade fundamental da organização da Saúde naquela comunidade. Então, penso que dá para dar acordo, desde que a Emenda nº 01 esteja incluída no bloco proposto pelo Ver. João Antonio Dib. Obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Explicando para a comunidade aqui presente, a Emenda nº 01, apesar de aprovada pelo Relator, está destacada para ser votada em separado. Serão votadas uma a uma as Emendas que estão destacadas pelo Líder do Governo e por mais 12 Vereadores.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Basicamente, seguindo a mesma posição do Ver. Carlos Todeschini, de que, na verdade, a Emenda nº 01 é Emenda popular - e nós somos favoráveis a ela - nós podemos votar a proposta do Ver. João Antonio Dib com a garantia, Ver. João Dib... Ver. João Dib, a nossa proposta é a seguinte: que se votem essas Emendas em conjunto, mas que se vote também, posteriormente, a Emenda nº 01, uma referência à iniciativa popular, que apresentou essa Emenda, de que não há necessidade de 3.000 metros de área como V. Exa está falando, porque não é uma UPA, ou seja, uma Unidade de Pronto-Atendimento, e sim uma Unidade de Saúde na região do Hospital Conceição. Então, dá para encaminhar neste processo; se votam as Emendas acordadas, e depois discutimos a Emenda nº 01. Dessa não abrimos mão.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Senhores, então, apenas informando que, do bloco proposto pelo Ver. João Antonio Dib, as Emendas nºs 23 e 36 foram rejeitadas pelo Relator; então precisam ser destacadas, no caso de aprová-las. Ou seja, não há como serem votadas em bloco.

E a Emenda nº 34 foi retirada de tramitação.

O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra para discutir o PLE nº 040/11.

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Sra Presidente, Verª Sofia Cavedon, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, concordo em parte com o Ver. João Antonio Dib quando diz que os Vereadores, agora, votando a LDO... É a Lei mais importante do ano, e devemos, sim, fazer o debate, Ver. João Antonio Dib. Mas, infelizmente, não temos visto, nos últimos anos, a Lei mais importante do Município, a LDO, e todos nós concordamos com isso... No Município de Porto Alegre a LDO é uma obra de ficção e merecia um prêmio, Verª Fernanda, porque nós discutimos, fizemos emendas... Eu nem faço mais emendas, porque a LDO é uma forma de enganar a sociedade. As pessoas vêm aqui, fazem todo um esforço para conquistar as suas emendas, os Vereadores passam horas e horas preparando as suas emendas, e, depois, a LDO não é cumprida à risca, Ver. Airto Ferronato, e isso é lamentável. Tanto é que a novidade da LDO para 2012, a Lei das Diretrizes Orçamentárias, é que, em 2012, 2013, 2014, o Governo é pessimista em relação à arrecadação, pois faz um aumento, uma projeção de 2%, Ver. Nilo Santos, que muito me honra por prestar atenção. Na área de investimento, no ano de 2011, foram previstos R$ 668 milhões, e agora, para o ano de 2012, estão sendo previstos R$ 774 milhões de investimento para a cidade de Porto Alegre. Isso seria muito bom se fosse acontecer, só que, infelizmente, desses R$ 668 milhões que foram previstos para 2011, Verª Fernanda, até agora - e já estamos terminando o segundo semestre, está terminando o ano -, o Governo investiu apenas R$ 229 milhões. Quer dizer, tudo aquilo que foi previsto ficou só no previsto. Agora, para 2012, está se prevendo um aumento de mais R$ 100 milhões de investimentos, só que nós sabemos que não vão ser executados. E nós ficamos nos enganando e enganando as pessoas que estão em casa, dizendo que Porto Alegre vai ter um investimento de R$ 774 milhões. Nós corremos para fazer emendas, para buscar recursos para as obras que nós achamos necessárias para a Cidade, e o que acontece é que, depois, as emendas se perdem, não acontecem, e nem mesmo os investimentos previstos para a Cidade acontecem.

Nos últimos anos, de 2006 para cá, o Governo nunca conseguiu passar de 50% do previsto. Então é lamentável dizer que nós estamos aqui discutindo, que vamos discutir a LDO, que vamos discutir os investimentos para Porto Alegre, sendo que, depois, no ano que vem, esses investimentos, infelizmente, não vão acontecer. Isso que, na Cidade de Porto Alegre, nós temos uma Secretaria de Gestão, que é para acompanhar a evolução dos investimentos e para administrar a gestão da Cidade, Ver. Nilo Santos, mas, infelizmente, essa Secretaria de Gestão, que é para gerir esses investimentos, não consegue fazer isso, e Porto Alegre tem perdido investimentos dia a dia. Nós temos problemas na Copa, Ver. Brasinha, que é ligado ao esporte. Sabemos que está tudo atrasado, corremos o risco de perder esses investimentos por falta de qualidade e gestão na Capital, porque a nossa Secretaria de Gestão não consegue...

 

O Sr. Nilo Santos: V. Exa permite um aparte?

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Rapidamente, Ver. Nilo Santos, porque o meu tempo está esgotando e ainda tenho mais coisas para falar.

 

O Sr. Nilo Santos: Ver. Mauro Pinheiro, imagine se investisse tudo, então? Porque a Cidade está virada num canteiro de obras. Nunca mais tirariam esse homem do poder!

O SR. MAURO PINHEIRO: É verdade, Ver. Nilo Santos, investe tanto que as pessoas estão morrendo por falta de uma passarela em Porto Alegre. E o Governo não consegue fazer um projeto, leva mais de 30 dias para um técnico ir lá e dar simplesmente um parecer técnico. Porto Alegre está perdendo, sim, investimentos. Há muito dinheiro que vem do Governo Federal, mas acaba sendo perdido por falta de capacidade e de qualidade para gerir esses investimentos. Infelizmente é isso que tem acontecido. Nós poderíamos ter muito mais obras em Porto Alegre, mas não temos por falta de gestão.

E um dos exemplos está aqui: dos quase 200 projetos previstos para 2011, 132 deles não foram iniciados. Isso significa que 66% dos projetos não foram iniciados, não aconteceram em Porto Alegre. Dos R$ 668 milhões previstos, apenas R$ 229 milhões, até agora, foram executados. É uma vergonha, Ver. Nilo Santos. Um exemplo claro da péssima execução orçamentária está na SMAM: dos 24 projetos previstos para este ano, somente 5 iniciaram. Isso mostra toda a falta de capacidade de gestão na cidade de Porto Alegre. Infelizmente o nosso Orçamento é uma obra de ficção.

Vou votar favoravelmente, porque, no ano que vem, estarei aqui cobrando a não execução da LDO, algo que tem acontecido regularmente, todos os anos. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para discutir o PLE nº 040/11.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Sra Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, primeiramente, faço uma saudação ao nosso comandante, ao nosso general Secretário Ver. Valter Nagelstein, que está aqui presente.

Mas eu venho aqui rebater algumas palavras do Ver. Mauro Pinheiro. Ver. Mauro Pinheiro, o que é bom nesta Cidade? O que se faz nesta Cidade? O senhor vem aqui dizer que a LDO é um Orçamento que só enrola as pessoas. Será que o Prefeito Fortunati deveria nomear o Ver. Mauro Pinheiro como conselheiro? Ele ia indicar tudo o que deve ser feito, porque o Vereador atira para todos os lados. Eu não sei o que o Vereador é, se ele é oposição, o que ele é. Os outros colegas Vereadores, aqui, do PT são... O Adeli, por exemplo, reconhece o bom trabalho que o Prefeito vem exercendo, que os Secretários do Município vêm exercendo. E o Ver. Mauro Pinheiro, só por ser Líder, acha que tem o direito de atirar em todo o mundo: nada funciona na Cidade, nada funciona para ele! Ver. Mauro Pinheiro, estou dizendo para o senhor que o senhor está com a sua mira errada; o senhor não está conseguindo acertar, tenta acertar e bate... Do jeito que vier, o que vier para o senhor... É bater, é bater porque é bom. Eu quero convidar o Vereador para, quando for executada uma obra do Orçamento ou da LDO, ir junto com o Secretário do Município, ou junto com o Prefeito, como ele fez quando o Prefeito estava fazendo as visitas na Cidade; ele estava junto, tirando fotos, sorridente; inclusive o Prefeito falou com ele. E quando ele chega a esta tribuna, ele se transforma de um jeito que é imbatível o homem, imbatível mesmo! Atira para todos os lados, Ver. Nilo Santos! O que pode acontecer com o Ver. Mauro Pinheiro, para ele ser tão radical a ponto de ter que vir um simples Vereador humilde como sou para rebater, porque não acho verdade? Será que ele acha que as pessoas acreditam em tudo o que ele fala? Será que as pessoas acham que o Ver. Mauro Pinheiro tem a voz da profecia, que ele marca de perto, faz e acontece? Quero, Ver. Mauro Pinheiro, refrescar o seu passado: olhe como o seu Partido exercia anos atrás, olhe o que acontecia, olhe as promessas que fizeram. Fizeram tantas promessas, e até hoje tem senhoras rezando, até agora, de joelhos, pedindo que façam a obra que prometeram e que até agora não fizeram, Ver. Nilo Santos.

 

O Sr. Nilo Santos: V. Exa permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Brasinha, o Ver. Mauro Pinheiro fala, mas nem ele se convence, ele não consegue se convencer. Eles reclamam, reclamam, mas, no ano passado, encheram de emendas o Orçamento. Se não acreditassem na execução, não apresentariam emendas. Este ano, há emendas deles novamente. Ou seja, eles fazem um acordo com a base aliada, aprovamos suas emendas, e depois eles vêm e batem no Governo. É o discurso da oposição, mas a população já está cansada desse discurso. O Ver. Mauro Pinheiro não consegue convencer nem a sua Bancada de que esse Governo não é bom. Obrigado.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: É verdade, Ver. Nilo Santos.

 

O Sr. Mario Fraga: V. Exa permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Brasinha, o Ver. Nilo me roubou as palavras, no bom sentido, eu também ia falar: se eles não acreditam na execução, por que apresentam tantas emendas?

 

O SR. ALCEU BRASINHA: É verdade.

 

O Sr. Reginaldo Pujol: V. Exa permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu só quero cumprimentar V. Exa pela forma vibrante com que está encaminhando a votação.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Com certeza, Ver. Reginaldo Pujol, nós que temos um Prefeito, do jeito que é o Prefeito Fortunati, do jeito e da forma com que ele comanda esta Cidade... Eu tenho muito orgulho do Prefeito Fortunati, porque há um detalhe, os dois José deram certo, os dois, tanto o Prefeito José Fogaça quanto o José Fortunati, cumprindo suas promessas, cumprindo seus deveres, cumprindo legalmente. Então, eu quero dizer: eu nunca na vida vi um Prefeito tão competente quanto o José Fortunati. Vamos lá, Fortunati! Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Verª Maria Celeste está com a palavra para discutir a votação do PLE nº 040/11.

 

A SRA. MARIA CELESTE: Sra Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, eu acho que o debate proposto nesta tarde pelo Ver. Mauro Pinheiro está correto, porque tem sido a denúncia, Ver. Brasinha, que nós temos feito aqui na Câmara Municipal, ao longo dos anos, de que a Peça Orçamentária da Cidade, enviada pelo Prefeito, nada mais é do que uma peça de ficção cientifica, porque é uma carta de intenções de determinados valores, números e iniciativas. E quando nós vamos verificar exatamente aquilo que foi aplicado, aquilo que foi empenhado, aquilo que foi liquidado, os números mostram a realidade.

Então, nós não estamos aqui para denunciar o Governo com base numa retórica ou num discurso de oposição, mas nós estamos aqui denunciando, Ver. Brasinha, Ver. DJ Cassiá, aquilo que nos mostram os dados atualizados do Portal da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Quando nós estamos aqui e dizemos que, efetivamente, o investimento da Cidade - aquilo que é projetado e aquilo que é executado - não acontece, é porque nós buscamos os dados que a própria Prefeitura disponibiliza. Ninguém está aqui fazendo ou falando a partir de um discurso simplesmente de oposição, porque o Orçamento é muito importante para a Cidade, e, a partir disso que está constatado, é que nós nos pronunciamos.

Então, Ver. Brasinha, se nós verificarmos em 2011, este ano, aquilo que foi projetado, o Prefeito Fortunati fez uma projeção, orçou aplicar R$ 668 milhões, mas, se nós pegarmos os dados da execução orçamentária da Prefeitura Municipal de Porto Alegre disponibilizados na página da Internet, neste início de dezembro, nós vamos verificar que foram comprometidos apenas R$ 344 milhões e, efetivamente, aplicados, empenhados, pagos, obra prontas, liquidadas, R$ 249 milhões, ou seja, 37% do que foi previsto para este ano, do Orçamento, na realidade, foi aplicado.

Então, nós não estamos aqui para dizer que somos apenas oposição; nós estamos aqui Ver. Luiz Braz, para dizer que os dados disponibilizados pela Prefeitura Municipal nos levam a este raciocínio, de que, efetivamente, há uma grande projeção. E essa discussão eu fiz com o Prefeito quando ele veio trazer a LDO - e hoje nós estamos falando da LOA, do Orçamento do Município -, e perguntei, inclusive, ao Secretário da Fazenda por que disponibilizavam os dados, se os dados não eram confiáveis. E ele me disse que tinha um problema na execução dessa proposta da disponibilização dos dados. Aí nós vamos ver que todos os programas que são elencados, das mais diversas Secretarias, têm problema. Aquilo que é previsto não é o que nós temos, efetivamente, na prática. Por exemplo: na área do transporte, os números chegam a ser constrangedores. Foi programado aplicar no Programa BRT, o corredor rápido de ônibus, em melhorias e sinalização, ciclovias, entre outros investimentos, R$ 56,8 milhões, mas foi empenhado - empenhado - apenas R$ 1 milhão; e efetivamente gastos, na Secretaria Municipal de Transportes, apenas R$ 32 mil, ou seja, 0,05% daquilo que foi previsto no total. Então, nós estamos aqui falando exatamente daquilo que é disponibilizado pelo próprio Prefeito no site da Prefeitura. E, mais uma vez, constatamos, lamentavelmente, que a vida real é diferente da vida virtual e daquilo que o Prefeito tem colocado como a cidade virtual no seu...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

A SRA. MARIA CELESTE: ...Só para concluir, Sra Presidente - obrigada -, porque esse tema do Orçamento é um tema que cinco minutos é pouco para a gente poder mostrar para a população, efetivamente, os dados que nós temos aqui colocados. Quando a gente percebe que o sistema viário é deficiente, quando a gente percebe que as ruas estão esburacadas, quando a gente percebe esgoto a céu aberto na periferia, nós percebemos, efetivamente, que aquilo que deveria ser investido não foi. Portanto, há uma grande diferença entre o que é virtual e o que é real nesta Cidade a partir do Orçamento disponibilizado pelo Prefeito Municipal. Obrigada, Sra Presidente.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para discutir o PLE nº 040/11.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Sra Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, eu queria trazer um exemplo bem concreto. O Ver. Mauro Pinheiro e a Verª Maria Celeste trouxeram a esta tribuna, como muitas vezes, via de regra, que aquilo que esta Câmara vota no Orçamento não é executado no ano seguinte, sejam as pretensões iniciais da Prefeitura, ou seja, os seus Projetos apresentados e não executados; sejam os Projetos e emendas aprovados pelo Parlamento municipal.

Nós, no ano passado, aprovamos uma emenda de R$ 150 mil para as bibliotecas comunitárias da cidade de Porto Alegre, para que houvesse uma política pública de investir nesses locais, buscando desenvolver a leitura e a cultura. Estive no gabinete do Ver. João Antonio Dib, Líder do Governo, junto com os representantes das bibliotecas comunitárias, e o Vereador fez um esforço junto à Prefeitura. Entretanto, até agora, 5 de dezembro, nenhum centavo foi executado para que Porto Alegre, de fato, valorizasse a cultura e a leitura dentro das periferias.

Nós tivemos previsões estratosféricas em relação aos investimentos, e nem sequer foi executado 30% daquilo que foi votado no Orçamento de 2010, assim como na Secretaria Municipal dos Transportes; assim como o que foi orçado para programas de atenção às mulheres, que não foram executados, e nós cobramos quando da presença na Casa do Secretário Municipal da Saúde, Carlos Casartelli.

Outra coisa são os Projetos que vieram, nesse meio-tempo, para a criação de Secretarias, nos quais sempre vem embutida a criação de um penduricalho de CCs, o que onera a folha e causa mais gastos à Prefeitura, ao invés de investimentos nessas áreas sociais que foram colocadas. Foram criadas quatro novas Secretarias Municipais e um Gabinete de Inovação, com a estrutura agregada ao Gabinete do Prefeito. Todas essas Secretarias com mais cargos e com mais recursos, envolvendo o pagamento dos Cargos em Comissão.

Nós também gostaríamos de falar no problema da democracia. Nós temos aqui, na Câmara, Verª Sofia, a prerrogativa das emendas populares. E muito nos entristece quando - das poucas emendas populares apresentadas - querem rejeitá-las, como é o caso da do pessoal da Zona Norte, que traz aqui a Emenda nº 01 em relação à Unidade de Saúde Conceição. O Conselho Local de Saúde, junto com a Associação de Moradores, coloca, no Orçamento Público Municipal, recursos para aquisição de área para que uma Unidade Básica de Saúde não funcione em casa alugada e para que se consiga atender à demanda. São 26 mil usuários daquelas comunidades - Cristo Redentor, Passo d’Areia e Jardim Ipiranga - que não têm um atendimento adequado, em função da quantidade de pessoas da região. Portanto, uma das poucas prerrogativas que a população tem de fazer política na Câmara Municipal, de mostrar aos Vereadores que ela quer recursos do Orçamento na Saúde, de fazer democracia participativa, de colocar a sua reivindicação para a Câmara e para o Prefeito Municipal, via de regra, vem sendo rejeitada por esta Casa. Não foi a primeira, nem foi a segunda vez que dá essa discussão em relação à democracia.

Então, nós queremos, sim, dialogar com o Governo sobre a necessidade de aprovação da Emenda Popular nº 01, porque não é possível que, quando a população se organiza e reivindica os seus direitos, seja rejeitada pelo Parlamento Municipal; assim como a questão do Plano Municipal do Livro e da Leitura, um compromisso do Prefeito Municipal, que, até agora, não enviou Projeto de Lei a esta Câmara e que tem que ter rubrica específica para o ano que vem - é uma Emenda assinada por mais de 12 Vereadores desta Casa.

Nós queremos, com esta discussão, que o Orçamento não seja uma peça de ficção de arrecadação de receitas e de projetos que não saem do papel, e que aquilo que é votado seja respeitado. Estou fazendo, mais uma vez, um apelo ao Governo para que execute a Emenda das bibliotecas comunitárias, que certamente não foi a única que não foi executada, mas que é uma das demandas da cidade de Porto Alegre. Até agora, 5 de dezembro, não foi executada para garantir políticas de leitura nos bairros da nossa Cidade, para valorizar aqueles e aquelas que buscam levar o livro e a leitura às periferias de Porto Alegre. Também falo da necessidade de discutir a fundo as prioridades políticas deste Governo e as necessidades sociais da população de Porto Alegre. Muito obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir o PLE nº 040/11.

O Ver. DJ está positivamente tentando construir um acordo; tem que reunir a oposição, Ver. DJ, para construir blocos de votação - oposição e situação.

O SR. DJ CASSIÁ: Sra Presidente, o que me preocupa neste momento é a questão do tempo. Respeito os inscritos, mas me preocupa a questão do tempo. Com o tempo do Ver. Melo e com o tempo do Ver. Aldacir Oliboni, praticamente estoura o horário que nós temos, que é o de 18h45min. A minha proposta seria votar aquelas Emendas em que já há acordo para aprovar.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir o PLE nº 040/11.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Sra Presidente, se outros Vereadores abrem mão, eu já estou abrindo, Ver. Oliboni. (Pausa.) Eu venho a esta tribuna porque acho que, com a riqueza do debate, quem ganha é a Cidade, como diz o Elói.

Primeiro, a Bancada do PT evoluiu nos últimos tempos em apresentar Emenda Parlamentar. Eu achava um equívoco a Bancada do PT, nos seus 16 anos, não fazer Emenda. Eu acho que ela não é conflitiva, desde que ela não seja algo que arranhe aquilo que vem sendo construído pela participação popular. Eu acho que base de Governo não tem que apresentar Emenda, tem que construir isso de outra forma. Este é o meu entendimento. Eu não vou polemizar com A, com B ou com C, mas eu quero dizer que parece que os meus colegas não estão andando pela Cidade, porque o Orçamento se traduz em serviços e obras! Eu quero dizer que o maior investimento nos vinte e poucos anos de Orçamento Participativo vai ser no ano que vem, pois o Governo está resgatando algumas centenas de obras, Ver. Raul, que, em longas noites nos CTGs, nas igrejas, foram construídas, frutos da labuta da gente que mais precisa. E a oposição não enxerga isso! Aliás, eu acho que a oposição incorporou aquilo que o Raul disse ontem, lá na convenção, que eu achei um negócio fantástico. Ele entrou num discurso arrasa-quarteirão, dizendo que nada que está aí presta!

Vereador Toni, V. Exa foi um competente Secretário que comandou o OP. Pois eu quero dizer o seguinte: o Raul disse que a participação popular é um simulacro. E eu quero dizer o contrário! Esta Cidade criou uma Governança Solidária, manteve o Orçamento Participativo, constrói um V Congresso da Cidade, que tem sido um sucesso e vai se coroar nos dias 09 e 10. Então, de que Cidade nós estamos falando?

Em segundo lugar, ele é contra as obras de infraestrutura, fez uma crítica ao Prefeito atual. Mas eu não estou entendendo isso! E o Tarso vem nessa mesma linha! Ele não conversa com os professores, com os brigadianos. E aí eu poderia dizer mil coisas: cria Cargos em Comissão e vem dar opinião aqui em Porto Alegre - ele que foi Prefeito, sim, que deixou a Prefeitura, cumpriu o seu papel.

Então, eu quero discutir o Orçamento deste ano, porque acho que ele é rico hoje.

 

O Sr. Idenir Cecchim: V. Exa permite um aparte? (Assentimento do orador.) V. Exa acabou de dizer tudo. O Governador Tarso Genro não tem o que dizer sobre o Governo dele e, então, ele tenta dar pitaco no dos outros.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Aliás, este Governo do Tarso é tão ruim que não dá nem para criticá-lo. Não dá para falar nada. Eu não sei o que ele fez até hoje. Até para criticar, o cara tem que ter feito algumas coisas, e ele não fez nada!

Mas eu quero voltar ao Orçamento; apenas dei uma “costeada no alambrado”, e quero voltar ao seguinte: também é verdade, Vereadoras e Vereadores que me antecederam, todos os governos não cumprem exatamente aquilo que vem no Orçamento - todos, inclusive o meu. Isso vale para o Governo Federal, tanto que a Dilma lutou imensamente para desvincular as verbas da chamada DRU para poder mudar de rubrica. Mas existem mais: os senhores sabem que a maioria das verbas do Orçamento é vinculativa. O gestor público não pode mudar da Saúde, da Educação, que são os dois maiores gastos do Município.

Então, eu encerro, convidando os Vereadores - que sei que andam muito pela Cidade; às vezes, até podem usar óculos escuros e podem não querer enxergar as obras, mas o Orçamento se traduz em obras e serviços. E eu desafio-os a visitar o bairro que eles queiram. A Presidente, que gosta da Câmara na Comunidade, poderia ser a líder disto: vamos visitar as obras do Governo, e depois nós vamos...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Aldacir Oliboni está com a palavra para discutir o PLE nº 040/11.

 

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras; público que acompanha esta Sessão, eu tenho uma certa concordância com o Ver. Sebastião Melo quando ele diz que os Vereadores têm que conhecer a Cidade. Nós não estamos aqui brincando de gato e rato; estamos aqui porque conhecemos a Cidade. E nós não estamos brincando com o dinheiro público! O que o Governo está fazendo é desvalorizar esta Casa, Ver. João Dib, e vou provar a V. Exa que é verdade.

A Emenda nº 13, por exemplo, é uma Emenda para construir uma Unidade de Saúde no Terminal Alameda, uma área que foi destinada nesta Casa como Área de Interesse Social, e o Governo já foi lá várias vezes comigo e com a Comissão de Saúde. Nós estamos destinando recursos, porque o Governo precisa desse recurso para construir uma Unidade de Saúde no Terminal Alameda, que todos conhecemos! Mas o Governo vem aqui dizer que não. O senhor entregou aqui uma relação para rejeitar a Emenda nº 13. Nós estamos aqui brincando de gato e rato, ou nós estamos aqui para ajudar o Governo, inclusive?

O Governo tem uma série de projetos em andamento para construir Unidades de Saúde, que vai desde a Emenda nº 01 a inúmeras Emendas que nós relatamos. Agora, o Governo vem, superficialmente, dizer que é para “rejeitar isso, aprovar aquilo”, nem conversou com os Vereadores. Por isso, faço um apelo a Vossa Excelência: a Comissão de Saúde andou pela Cidade, conhece a Cidade; sabe, sim, Ver. Melo, sobre o problema da Saúde na Cidade. É como falar da Vila Conceição, uma Unidade de Saúde para a qual o Governo já tem área; da Chácara dos Bombeiros também. Nós destinamos recursos para que as coisas aconteçam, Ver. Todeschini. A Unidade de Saúde São José, Ver. João Dib: V. Exa pediu para vetar a Emenda nº 14; o Busatto foi lá duas vezes; inclusive, há uma área que era uma praça e que vai ser destinada para construir a Unidade de Saúde São José. O senhor mandou vetar a Emenda! Nós não estamos brincando aqui! Quero fazer um apelo. Peço desculpas pelos meus gritos, mas eu me sinto impotente em relação a isso.

Qual é a função do Vereador? Vir aqui e dizer amém, Ver. Tessaro? Lamentavelmente.

 

(Aparte antirregimental do Ver. Carlos Todeschini.)

 

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: O Ver. Todeschini acaba de me dizer - e é real - que, em 2007, houve esse movimento da Unidade de Saúde São José; o Ver. Dr. Raul estava junto, fizemos um grande ato em uma praça no Bairro São José. E hoje a Unidade de Saúde está no porão de uma creche alugada. Vamos construir lá nesse local. É um acordo com o Governo e a sociedade. Agora, o Governo diz que essa Emenda não tem nada a ver. Nós estamos aqui, sinceramente, eu não sei fazendo o quê.

 

O Sr. João Antonio Dib: V. Exa permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Oliboni, nós estamos perdendo tempo na discussão, e eu vou dizer para V. Exa por quê. Eu propus desde o início: votamos o que está aprovado e, depois, com as Emendas destacadas, V. Exa pode fazer o discurso que está fazendo agora.

 

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: O que o Relator aprovou, porque o Relator aprovou grande parte das minhas Emendas. Eu concordo. Ele vetou três e aceitou três. Eu tenho concordância. De seis Emendas, ele aceitou três e rejeitou três. Até concordo, mas eu vou levar para a comunidade que o Governo não aceitou. Eu estou dialogando com a sociedade, que dialogou com o Governo.

 

O Sr. Alceu Brasinha: V. Exa permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, “Deputado” Oliboni. Realmente, Ver. Oliboni, eu vejo que o senhor cobra, e cobra bem. Mas agora, logo mais, o senhor deve chegar à Assembleia, e lá há muito mais recurso. E eu quero ser seu parceiro para cobrar do seu Governo lá, também.

 

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Ver. Brasinha, eu concordo com a sua Bancada – inclusive, lá na Assembleia, o PTB faz parte do nosso Governo, e inclusive poderá fazer parte de uma grande aliança -, eu concordo com que o Governo do Estado tem que colocar os 12%. Os outros Governos não colocaram. Dinheiro que é da Saúde tem que ir para a Saúde, mas, neste caso pontual da Peça Orçamentária... É por isso que todo mundo diz que isso aqui é uma ficção! E aí nós vamos concordar? Cadê a Câmara? Onde é que está a valorização da Câmara? Eu faço um apelo ao representante do Governo que está aqui, Dib, para nós reavaliarmos e isso voltarmos na quarta-feira, porque, sinceramente, será uma decepção se nós aprovarmos isso que está aqui!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para discutir o PLE nº 040/11.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Sra Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, senhoras e senhores, é preciso, sim, na tarde de hoje, tratar deste tema, discutir a matéria com profundidade, até porque se trata de um dos temas de maior relevância na atribuição constitucional que é dada ao Vereador, que é a discussão sobre o Orçamento.

Lá nos velhos tempos, não se podia apresentar emendas. O Executivo apresentava um projeto, Ver. Elói, e o Legislativo dizia “sim” ou “não”. Como era difícil não se manter o Orçamento para o ano seguinte, se dizia praticamente sempre “sim”. Nos tempos modernos, atuais, o Legislativo, no caso nós, Vereadores, tem competência para apresentar emendas, e apresenta emendas. As emendas encaminhadas pelos Vereadores foram emendas bastante interessantes, de valores relativamente baixos, daí por que, na Comissão, defendi essa ideia e aprovamos o meu Relatório, que propôs a aprovação de uma série de emendas de iniciativa dos Vereadores. Porto Alegre, que é a Capital mundial da participação popular, detém uma característica que poucos países do mundo têm, que é a possibilidade de as comunidades apresentarem emendas ao Orçamento, e, dentro dessa possibilidade, na questão atual, apenas duas emendas populares foram apresentadas. Eu acatei as duas, sugeri votação favorável às duas, Ver. Todeschini, em primeiríssimo lugar, como uma referência da cidade de Porto Alegre à participação popular no processo da construção do Orçamento. Feito isso, quero fazer um registro: o próprio Executivo aceita praticamente todas as emendas apresentadas, à exceção da Emenda nº 01, e aquela que estamos agora discutindo.

Tenho um carinho todo especial pelo Secretário Ilmo Wilges, estimado amigo e colega de profissão. Agora, pedindo uma referência a ele, vamos aceitar, a Casa vai aceitar - este é o pedido que faço - a Emenda nº 01, porque se aceitarmos a Emenda nº 01, valorizaremos, reconheceremos, Verª Fernanda Melchionna, a participação popular, mas, antes de mais nada, Ver. Melo - leciono o Orçamento há mais de 30 anos - em existindo essa rubrica aberta, em existindo a previsão no Orçamento para a aquisição do terreno - repito o que tenho dito a vocês -, abrimos a possibilidade política para que as comunidades, o Executivo e nós, Vereadores de Porto Alegre, possamos discutir, inclusive com o Hospital Conceição, para que auxilie, contribua, participe, inclusive com dinheiro, com recurso, na aquisição do terreno. A visão dos 600 metros é um começo de discussão, porque não se trata de uma UPA, trata-se de outro tipo de instituição. Votemos favoravelmente à Emenda nº 01. Um abraço. Obrigado. (Palmas.)

(Não revisado pelo orador.)

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir o PLE nº 040/11.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sra Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, eu acho que o Orçamento é o principal Projeto que os Vereadores votam aqui na Câmara durante o ano. Seria ruim que os Vereadores votassem o Projeto sem conhecê-lo. O Ver. Airto Ferronato falou alguma coisa aqui que eu, com todo o carinho que tenho por ele, ouso discordar. Disse o Ver. Ferronato que, no passado, os Vereadores não podiam apresentar emendas e que, agora, eles podem. Ver. Ferronato, os Vereadores sempre puderam apresentar emendas. Acontece que, no passado, o Governo do qual V. Exa fazia parte também, de que V. Exa era integrante, não aceitava que os Vereadores apresentassem emendas. Nenhuma Emenda!

 

(Aparte antirregimental do Ver. Nilo Santos.)

 

O SR. LUIZ BRAZ: Ah, foi uma ditadura que durou 16 anos! Nenhuma emenda de Vereador era sequer realizada. Eu vi Sessões serem encerradas na votação do Orçamento, sem que as emendas dos Vereadores fossem votadas, e o Orçamento considerado votado. Eu tenho uma memória que registra tudo, Ver. Ferronato, sei que V. Exa é um homem que conhece bem a nossa história e conhece bem o Orçamento, mas emendas ao Orçamento, nós sempre pudemos colocar.

 

O Sr. Airto Ferronato: V. Exa permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu estou me referindo a 1989; até antes da Constituição atual não se apresentavam emendas. Não estou falando do período atual.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Não, eu estou falando do período de 1989, depois da votação da Constituição de 1988, Ver. Ferronato, que pegou os 16 anos em que a tal de Administração Popular governou Porto Alegre. E, nessa época, nós, Vereadores de oposição, nunca tivemos chance de discutir nenhuma emenda, Brasinha! Era impossível! Impossível!

 

O Sr. Sebastião Melo: V. Exa permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Braz, apenas quero refrescar a memória: lembra daquela figura chamada André Passos?

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sim, quem é que não se lembra?

 

O Sr. Sebastião Melo: Que sentava ao lado dos Vereadores e mudava voto? Lembra-se dele?

 

O SR. LUIZ BRAZ: Olha, como me lembro! Não deixava nunca o Orçamento ser votado aqui de forma correta.

A Sra Maria Celeste: V. Exa permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Luiz Braz, com todo o respeito, quero lembrar aqui que a opção da Bancada do Partido dos Trabalhadores, especialmente nos quatro anos em que estive como Vereadora de situação, era o respeito às decisões do Orçamento Participativo. Portanto, por estarem contempladas todas as demandas das comunidades do Orçamento Participativo na Peça Orçamentária que vinha para esta Casa, a Bancada do PT tinha a posição de não apresentar emendas.

Agora, de fato, o Secretário André Passos vinha e ficava neste Plenário como qualquer representação e qualquer Secretário do Governo Fogaça e Fortunati, que aqui estão nesta tarde também, negociando as emendas, para que, de fato, pudessem ser contemplados os Vereadores.

E quero lembrar também, Ver. Luiz Braz, que a oposição, que era a grande maioria, apresentava inúmeras emendas; nós já tivemos aqui Orçamentos com mais de 300 emendas apresentadas pelos Vereadores de oposição. Obrigada.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Verª Celeste, sempre é uma honra receber o aparte de Vossa Excelência.

 

O Sr. Alceu Brasinha: V. Exa permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Luiz Braz, eu ia pedir para o meu Líder para passar o tempo a Vossa Excelência.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Obrigado.

 

O Sr. Alceu Brasinha: Eu quero lhe dizer que estou ficando muito feliz, porque o senhor está lembrando das coisas que eles faziam aqui, porque eles não têm memória, a memória deles é curta, é fraca. Eles não lembram! Dizem que esse André Passos era o homem que chegava e fazia as pessoas mudarem de ideia. Mas pena que ele não me pegou! Eu queria ver se ele ia mudar a minha ideia... Ele não ia mudar!

E quero lembrar, principalmente ao Ver. Mauro Pinheiro, porque ele também é novo aqui, igual a mim. Ele bate com tanta vontade, ele acha que sabe tudo e, na realidade, não sabe nada. Então, comece a contar toda a história, Ver. Braz, porque V. Exa sabe de tudo. Se precisar de mais tempo, a gente se inscreve e lhe dá mais tempo.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Muito obrigado, Ver. Brasinha.

 

O Sr. Idenir Cecchim: V. Exa permite um aparte? (Assentimento do orador.) O assunto está muito bom, e cheguei à conclusão de que esse André Passos está com o nome errado. Na verdade, ele deveria ser chamado de “André do pulo”, porque ele ensinava o pulo do gato no Orçamento. Então, é só para corrigir o nome do cidadão.

 

O Sr. Carlos Todeschini: V. Exa permite um aparte? (Assentimento do orador.) É só para dizer que o Orçamento era muito democrático. A situação governista era ampla minoria, e, se a oposição tivesse, de fato, tanta discordância, ela teria maioria para aprovar, o que não fazia, porque tinha acordo e respeito às decisões da Cidade.

 

O SR. LUIZ BRAZ: O Ver. Oliboni fica aqui vociferando, nervoso, porque falaram mal, falaram contra as suas emendas. Ora, se todo o Vereador que tiver um projeto rejeitado ou uma emenda rejeitada achar que a Cidade vai entortar, que não vão conseguir administrar a Cidade porque uma emenda sua foi rejeitada, não foi aceita... Ah! Meu Deus! Eu estou tirando, Ver. Oliboni, o direito de os técnicos da Secretaria Municipal da Saúde fazerem planos e gastarem o dinheiro que for necessário, porque, afinal de contas, V. Exa mesmo sabe que, desses R$ 4,5 bilhões, um pouco mais do que isso, que vamos ter de Orçamento para o próximo ano, boa parte disso já está comprometida, infelizmente. São mais de R$ 2 bilhões gastos só com pessoal.

Sra Presidente, por favor, o Ver. Dib quer fazer um aparte.

 

O Sr. João Antonio Dib: Nobre Ver. Luiz Braz, eu ouço com atenção o brilhante pronunciamento de V. Exa, mas o que é o Orçamento? Ele orça a Receita e fixa a Despesa. No caso do Orçamento, foi considerado o Orçamento Participativo; eles que não se iludam. Agora, nós não podemos mudar aquelas despesas que foram fixadas e precisam ser realizadas; se não temos Receita para isso, não se faz milagres. E, depois, com o fato de aprovar emenda aqui e não ser executada lá, nós estávamos acostumados.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Exato, Ver. João Dib. Ver. João Dib, há alguns anos, eu apresentei uma emenda; a emenda foi aprovada e depois, é claro, fui atrás dos recursos para que fossem repassados para que o serviço fosse realizado, e não foi, até porque não adianta aprovarem-se aqui as emendas se não estiver tudo negociado com a Administração, porque não há dinheiro depois para realizar o serviço. Então, se aprovam emendas, e não há dinheiro. Então, resolvi que, neste ano, eu não apresentaria emendas. Como eu respeito muito as emendas populares, vou votar a favor das duas emendas populares, mas não vou votar a favor das emendas outras que foram apresentadas, a não ser naquelas que vão corrigir algum problema que exista no Orçamento. Nas outras emendas eu não vou votar a favor, porque eu acredito que nós não podemos ficar, simplesmente - não vou dizer que os meus amigos fazem demagogia -, votando emendas sem saber, exatamente, qual é o comportamento do Orçamento. Senão, nós vamos querer fazer alguma coisa aqui, mostrar serviço para a nossa comunidade, e, na verdade, nós não estaremos fazendo a coisa correta.

 

O Sr. Mauro Pinheiro: V. Exa permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Ver. Luiz Braz, mesmo em relação às emendas populares? Na Emenda nº 01, então, o senhor vota a favor?

 

O SR. LUIZ BRAZ: Nas emendas populares, eu vou votar a favor; mas não vou votar a favor, Ver. Airto Ferronato - V. Exa foi o Relator e fez o seu trabalho com brilhantismo -, nas outras emendas, porque eu sei, exatamente, que aquilo que não estiver em consonância com o Poder Executivo... E já tive essa oportunidade de não ver uma emenda minha realizada, depois de aprovada. O Orçamento que nós aprovarmos aqui, Ver. Nilo, tem que ser alguma coisa real, para a gente poder acompanhar e fiscalizar, porque, senão, vamos fiscalizar o quê? Emenda que não vai ser executada! E não vamos poder nem cobrar do Governo depois. Então, com toda a certeza...

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Luiz Braz, seu tempo se esgota.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Obrigado, Sra Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para discutir o PLE nº 040/11.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Verª Sofia Cavedon, Presidente desta Casa; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, a Casa enfrenta, inquestionavelmente, o Projeto que é a Peça Orçamentária, no qual os governos fazem a previsão da Receita, dado que a Receita é uma promessa. Eu poderia afirmar que a Receita é uma promessa sujeita a fatores, eu até diria, incontroláveis. Basta haver uma alteração na economia para se instabilizar a arrecadação, vejam bem. Fixa a Despesa, que são compromissos, em sua maioria, compulsórios.

Historicamente, tenho tido um comportamento parcimonioso, independentemente de estar ou não no Partido do Governo. Se buscarem a minha biografia, os meus antecedentes de atuação na Casa nessa matéria, verão que eu, em poucas oportunidades, incluí Emendas, porque eu entendo que quem ganha a eleição - isso é um dado democrático - ganha também a capacidade de propor este ou aquele modelo de administração.

Ora, o Orçamento que nós estamos discutindo e vamos votar é um Orçamento que foi lastreado no Orçamento Participativo, Ver. João Dib, com reuniões e encontros os mais diferentes, nas mais diferentes áreas do Orçamento Participativo. Então, ele carrega a legitimidade popular sem questionar a legitimidade representativa, onde o Governo tem a maioria.

Fica aqui a minha manifestação para dizer, Sra Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, que a as emendas... Muito bem, uma emenda de correção; agora, emendas de rumo a quem tem a capacidade e a legitimidade para administrar - porque orçamento é administração; fazer orçamento é fazer administração - tem um conteúdo executivo; corresponde ao Legislativo a fiscalização intensa, é verdade, mas o papel do Executivo é exatamente administrar. Eu vou me colocar com muita cautela na questão das emendas, por entender uma interferência quando forem de rumo; não estou falando de emendas de correção.

 

O Sr. Alceu Brasinha: V. Exa permite um aparte? (Assentimento do orador.)

Querido Ver. Elói Guimarães, eu faço ideia, pensando nos anos de trabalho em que o senhor contribuiu com esta Cidade - e tem feito um belo trabalho -, como devem ter sido difíceis aqueles 16 anos de ditadura aqui; o senhor deve ter passado por momentos difíceis, não é, Vereador?

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Nesta questão, eu ajudava o Governo. Estão aí os Anais, eu ajudava o Governo nesses 16 anos. Por quê? Por entender que o PT havia ganhado as eleições e precisava fazer as suas políticas.

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Obrigado, Sra Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Professor Garcia está com a palavra para discutir o PLE nº 040/11.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Sra Presidenta, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, eu vou me deter em discutir o Orçamento; não vou analisar emendas, porque vamos ter oportunidade, já que várias das Emendas foram destacadas, de discuti-las. Vou me dedicar exclusivamente ao Orçamento, um orçamento de R$ 4.687.684.000,00. Quero fazer algumas considerações sobre o Orçamento Participativo. As prioridades contempladas no Orçamento Participativo atendem às demandas eleitas e priorizadas pelo OP, na ordem: Habitação, Educação, Saúde, Assistência Social, Pavimentação, Saneamento Básico e a questão do DEP e do DMAE. Isso foi o que o Orçamento Participativo determinou para a sociedade, e o Executivo trabalha nessa visão.

Quero aqui fazer alguns comentários que acho importantes. Primeiro, sobre os eixos que foram trabalhados neste ano.

O primeiro eixo, a reformulação do sistema Fala Porto Alegre, o 156, que melhorou, mas que tem que ser bem melhor ainda, pois ainda temos algumas dificuldades no 156.

Há a coleta automatizada do lixo em 12 bairros, e aqui quero falar sobre a coleta do lixo seletivo em Porto Alegre. Hoje, Porto Alegre talvez seja a única cidade do País - e nós temos mais de 5.000 Municípios - que faz a colega do lixo seletivo em toda a Cidade duas vezes por semana. Ao mesmo tempo, quando passou de uma vez para duas vezes por semana o recolhimento do lixo seletivo, não houve o acréscimo que se desejava, ou seja, a população ainda não tem a educação ambiental de separar o lixo orgânico do outro lixo. Isso está criando problemas, porque os contêineres que foram colocados nos 12 bairros, como projeto-piloto, devem receber só o lixo orgânico, e a população não está fazendo isso.

Depois tem o Projeto Porto Alegre + Luz, que está ligado àquilo que nós, Vereadores, votamos há alguns anos, que foi a taxa de iluminação pública. Com a taxa de iluminação pública, que todos os porto-alegrenses pagam, está previsto, até março do próximo ano, que todas as 80 mil luminárias de Porto Alegre serão trocadas por iluminação de sódio, fazendo com que tenhamos uma luz 40% mais potente e uma diminuição de 30% nos custos. Então, nós temos que fazer esse registro.

Também, se observarem, grande parte da Cidade está tendo o recapeamento asfáltico, e aí há algumas divergências de que está sendo feito numa velocidade muito grande, e a EPTC está com dificuldades na pintura, mas está agilizado o processo.

E eu quero me direcionar, no tempo que me resta, àquelas obras que estão previstas para 2012. Uma delas é a duplicação da Av. Beira Rio, que vai ter, aqui perto da Câmara, mais uma ponte, e a duplicação; a extensão da Av. Severo Dullius, que vai ligar até Av. Sertório; a ciclovia da Av. Ipiranga, que vai terminar no segundo semestre, lá por agosto de 2012; a recuperação do Túnel da Conceição, que já começou a segunda parte; a primeira etapa do metrô; a revitalização do Cais Mauá, que recentemente já foi entregue, e agora nós temos que cobrar os prazos para ver quando vamos começar. Também há a ampliação da Secretaria dos Direitos Animais e a Secretaria do Trabalho, que é uma Secretaria nova.

E mais: começa o processo de desocupação da Av. Tronco, que talvez seja a obra mais importante prevista para a Copa, mas com as suas dificuldades.

Fico por aqui, senhoras e senhores, agradecendo, e volto a dizer que vim discutir única e exclusivamente o Orçamento. Porto Alegre, no próximo ano, terá um Orçamento de R$ 4.687.684.000,00. Muito obrigado, Sra Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Nilo Santos está com a palavra para discutir o PLE nº 040/11, por cedência de tempo do Ver. DJ Cassiá.

 

O SR. NILO SANTOS: Sra Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores; senhores e senhoras, eu pretendo ser breve, exatamente para acelerarmos o processo e conseguirmos chegar à votação.

Eu quero falar, Ver. Brasinha, Ver. DJ Cassiá e Ver. Elói Guimarães, com relação à Emenda nº 01. Para a população do Cristo Redentor, Passo D’Areia, Jardim Ipiranga, quero dizer que há, sim, um compromisso do Secretário Casartelli em atender a comunidade; ele tem, sim, o desejo de realizar uma obra ali, e nós estaremos agendando para que os senhores possam acertar com ele como se darão esses encaminhamentos.

Nós temos - o Ver. Mauro Pinheiro não está aqui neste momento -, Ver. Oliboni, só da Secretária da Saúde, em torno de quarenta obras em Porto Alegre. São 40 obras em andamento na cidade de Porto Alegre. A Secretaria da Saúde tem trabalhado muito, Ver. Luiz Braz. Ver. Mauro Pinheiro, antes de falarmos, nós temos que buscar informações.

O Secretário Casartelli está disposto, sim, em se empenhar, em buscar uma área naquela região, um próprio do Município mesmo, para desafogar o serviço que é realizado lá e poder oferecer mais conforto, mais tranquilidade não apenas para quem é atendido, mas, principalmente, para quem trabalha lá dentro.

Então, parabéns pela luta dos senhores. Não há necessidade de nós aprovarmos essa Emenda, porque há, Ver. Pujol, o compromisso do Secretário da Saúde desta Capital de construir uma alternativa juntamente com a comunidade. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir o PLE nº 040/11.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sra Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, a Casa é testemunha de que eu muito pouco me manifesto quando da discussão em torno do Orçamento da Cidade, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e do Programa de Investimento do Município. Por que isso? Eu aprendi muito cedo, Ver. Elói Guimarães, que o Orçamento é uma lei que estima a Receita e fixa a Despesa, joga absolutamente na probabilidade e no futuro. Tem alguma regra científica? Tem sim, porque, na base do comportamento dos exercícios anteriores, se pode estimar com alguma precisão a Receita a ser realizada num determinado momento. No resto, nós haveremos de convir que estamos vivendo um estado diferente. Se lermos - Ver. Elói Guimarães, observo que V. Exa leu, pelo seu pronunciamento anterior - a Exposição de Motivos, veremos o que está sendo atendido (Lê.): “Como de costume, as prioridades contempladas no Orçamento respeitam a soberana vontade da população porto-alegrense....”. Eu pensei que ia ser escrito logo em seguida: “expressa nas urnas, quando da eleição do Sr. Prefeito Municipal e desta Câmara de Vereadores.” Mas não! O que diz? (Lê.): “...população porto-alegrense, eleitas nas 17 Assembleias Regionais e nas 6 Plenárias Temáticas do Orçamento Participativo. Tais prioridades, por ordem hierárquica, são: habitação, educação, saúde, assistência social, pavimentação, saneamento básico urbano (DMAE), saneamento básico urbano (DEP) e desenvolvimento econômico”. Ora, dificilmente, se fizermos outra ordem das prioridades da Cidade, será muito diferente dessa; a saúde e a educação vão estar sempre em primeiro lugar! Em tudo o que é discurso feito neste País, colocam-se saúde e educação em primeiro lugar. Agora, e o modus operandi? Evidentemente, o que eu já ouvi nesta Casa... Um dia desses, eu ouvi aqui um ilustre homem público porto-alegrense recebendo o galardão de Cidadão Honorário de Porto Alegre, na sua condição de ex-Prefeito, e ele disse que a 3ª Perimetral era uma decisão do Orçamento Participativo. Segundo eu sei, a 3ª Perimetral só saiu por uma decisão do BID, tomada em Washington, ou seja, fora do País, que financiou essa obra. Por que o que acontece, Ver. Luiz Braz, V. Exa, que é estudioso, cuidadoso, zeloso? Quantas obras importantes, quantos investimentos, efetivamente, contém este Orçamento, especialmente este, que é feito com recursos próprios? O que mais se vê neste País, Ver. Elói, é que os Prefeitos se elegem, e a primeira coisa que fazem é irem correndo a Brasília para arrumar um empréstimo ou irem a Washington fazer contato com o BID. Apesar de a banca internacional estar “quebradona” , como todos nós sabemos, continuam buscando esses empréstimos. Então, vou discutir o que aqui? Propositadamente, eu incluí, neste Orçamento, algumas emendas para que constassem. É um teste que eu faço. Todas as emendas que fiz não chegam a R$ 100 mil num Orçamento de R$ 4,7 bilhões, e nós vamos ficar discutindo 10, 20 dias a respeito disso? Por que eu coloquei essas emendas? Porque são lugares que acho que o Município tinha que, ao menos mostrar...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

O SR. REGINALDO PUJOL: ...determinadas circunstâncias, tivéssemos autoridade moral de irmos a Brasília, ao Fonplata, ao BID buscar investimentos, dizendo que estamos fazendo a nossa parte. Não, o que estamos fazendo aqui? Estamos no oba-oba do Orçamento Participativo.

Então, o que eu vou discutir? O Dr. Dib já disse que o Governo admite que se aprovem 30 emendas. Isso pode ser um grande passo. Pode ser que, admitindo que se aprove, depois cumpra as emendas. Porque, se não cumprir, ninguém é pecador, ninguém fica em dificuldade.

Então, senhores, vamos parar de discutir por tanto tempo essa ficção que se chama Orçamento do Município de Porto Alegre.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Senhores, eu gostaria de contar com a compreensão dos senhores e das senhoras, pois, às 19h30min, nós temos a posse do Conselho de Arquitetura.

 

(Manifestação fora do microfone. Inaudível.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Realmente, houve uma coincidência. Nós ainda temos uma inscrição para discussão, e eu gostaria que os Líderes, da oposição e da situação, vissem como poderemos continuar. Podemos ir para o Plenarinho, mas também poderemos deixar somente a votação para quarta-feira, às 9 horas. Certo?

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Sra Presidente, eu só gostaria de lhe informar que o nosso Secretário do Estado, o Sr. Luiz Carlos Busato, está presente neste Plenário. (Palmas.)

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Muito bem, seja bem-vindo. Nossos cumprimentos ao nosso Deputado e Secretário.

O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para discutir o PLE nº 040/11.

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Sra Presidente, eu quero dizer que, no momento em que nós tivermos mais de 20 Vereadores no Plenário, eu paro de falar para que seja chamada a votação.

 

(Manifestação fora do microfone. Inaudível.)

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Eu acho que é democrático, Ver. DJ Cassiá. Se nós tivermos... Eu até vou fazendo as contas aqui. Acho que se discutiu bastante, e, se tivermos 20 Vereadores no Plenário, eu paro de falar imediatamente, e aí vamos votar.

Eu quero dizer que não fiz nenhuma emenda nesse Orçamento. Nenhuma. Não é que eu seja diferente, mas acho que deu tempo para discutir. Faço parte da Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul e teria toda a oportunidade de fazer. Também não o fiz como presidente da Comissão no ano que passou, assim como o Ver. João Dib, que também não apresentou nenhuma emenda. Eu não tenho nada contra quem apresenta emenda. Ver. Oliboni, eu, que às vezes discordo de Vossa Excelência, só fiz uma constatação, Ver. Luiz Braz: os Vereadores aprovam o Orçamento, e a oposição festeja as emendas que não são aprovadas ou reclama das emendas que não são aprovadas. É um jogo - eu acho que é muito democrático isso - mas é difícil. Há alguns Vereadores da oposição - não são todos - que apresentam um monte de emendas, mas essas emendas servem somente para eles irem lá na base e dizerem: “Olha, eu apresentei.” Dão a entender que o Poder Executivo não quis fazer aquelas obras. “Eu vejo o posto da vila tal, o posto de saúde...” O Executivo quer fazer as obras, mas ele tem prioridades. O que não pode é um Vereador dizer: “Eu quero fazer a obra!” Mas de onde sai o dinheiro? Aí o Vereador diz ainda mais: “Nós queremos dar o dinheiro para o Executivo.” Não, ele está tirando de um lado para colocar onde? Aliás, nem diz da onde vai tirar!

Então, eu acho que tem que ser muito claro aqui, e não dá para fazer tanta demagogia.

 

O Sr. DJ Cassiá: V. Exa permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Ver. Idenir Cecchim. Em primeiro lugar, parabéns pela sua atitude em desistir do seu tempo para dar andamento aos trabalhos. Mas, Ver. Cecchim, dificilmente, vão desistir do tempo. Por quê? A oposição está fazendo o papel dela, é natural, não a condeno, até mesmo porque a oposição sabe que as emendas devem ser construídas com quem tem o dinheiro. E quem tem o dinheiro não somos nós aqui. Vereador não tem dinheiro para fazer obra! E eles sabem muito bem disso.

Agora, eu tenho uma emenda só, Vereador, e não foi uma emenda construída por mim; foi uma Emenda construída por outros Vereadores. Eu só a apresentei a pedido do próprio Prefeito; senão, eu não apresentaria nenhuma! E eu darei uma explicação, lá na sociedade, de que, se eu apresentasse, não seria certo, eu estaria preenchendo uma ilusão, e eu não farei isso!

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Obrigado. Conforme prometido, eu estou vendo que estamos com 20 Vereadores. Então, encerro aqui o meu pronunciamento. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Muito obrigada, Ver. Cecchim.

Eu convido o Deputado e Secretário Estadual Busatto, se for de seu desejo, para acompanhar os trabalhos da Mesa. (Pausa.) Por favor, Secretário, seja bem-vindo.

Não havendo mais inscritos, está encerrada a discussão.

Em votação o bloco constituído pelas Emendas nºs 02, 05, 06, 12, 18, 19, 25, 26, 29, com Subemenda nº 01; Emenda nº 30, com Subemenda nº 01; Emenda nº 31, com Subemenda nº 01; Emenda nº 33, com Subemenda nº 01; Emendas nºs 35, 37, 39, 40, 41, 42, 43, 44 e 45. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

Agora eu consulto V. Exas se enfrentamos a primeira Emenda, porque haverá discussão e estamos com os prazos esgotados, ou se iniciamos na quarta-feira com os destaques? É possível? (Pausa.) O PTB está de acordo, o Ver. Airto também...

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Verª Sofia, nós damos acordo de votar na quarta-feira.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Muito obrigada. O PDT está de acordo...

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Presidente, a Lei Orgânica é clara, precisa e concisa: o Orçamento será votado até o dia 5 de dezembro, e eu jurei que iria cumprir e quero cumprir. Se ele não for votado, o Orçamento está aprovado, e as emendas destacadas estão rejeitadas. Eu exijo o cumprimento da Lei Orgânica. Por isso eu falei no início a minha sugestão. Se ela tivesse sido cumprida, teria sido resolvido. Eu quero a votação do Orçamento hoje.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Dib discorda da cessação neste momento, e nós vamos colocar em votação. O Ver. Luiz Braz está com a palavra.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sra Presidente, nós temos que cumprir a Lei Orgânica do Município. Não cabe a nós, Vereadores, modificar a Lei Orgânica de acordo com a nossa vontade e fazer com que haja casuísmo. Eu acredito que não cabe outro papel a V. Exa, que preside esta Casa, a não ser fazer com que a Lei Orgânica seja cumprida. Se não foi cumprida a Lei Orgânica hoje, com a sequência desta Sessão, o Orçamento já vai se dar por votado. Eu acho que não é essa a vontade, e isso já aconteceu outras vezes, meu amigo Dr. Luiz Afonso, inclusive com orientação de V. Exa aqui no Plenário - eu lembro disso. Então, nós temos que votar o Orçamento.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Senhores, o prazo do dia 05 não tem sanções e não tem aprovação imediata do Orçamento. Não existe aprovação por decurso de prazo, usando a expressão do nosso Diretor Legislativo. Portanto, é perfeitamente possível votarmos na quarta-feira. Nós, inclusive, estamos convocados para quarta-feira, às 9 horas. O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra.

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Vereadora Sofia, a Lei Orgânica prevê que a sanção do Orçamento seja até o dia 15 de dezembro. Portanto, nós temos mais 10 dias. O que eu estou entendo é que os Vereadores do Governo não querem votar. Eles querem colocar aqui a Lei de Diretrizes Orçamentárias do ano passado, eu não estou entendo o porquê de tanta rebeldia do Governo. Nós, da oposição, estamos aqui até agora e estamos de acordo com o fato de que, até quarta-feira, seja votado. Muito obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Senhores, nós vamos resolver nos termos do Regimento, porque estamos perdendo um tempo precioso.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Está bem claro que a Constituição, a Lei Orgânica do Município, diz que até o dia 5 será votado. Agora, não venha nenhum Vereador me dizer que até o dia 15 deve ser encaminhado ao Prefeito. Até o dia 5 de dezembro, deve ser votado. A Constituição do Município vale ou não vale? Se tivessem feito como eu disse no início, nós já teríamos votado tudo! Mas todo o mundo resolveu fazer figura bonita, e agora estamos num impasse. Continuo dizendo para ficar registrada a minha reprovação ao não cumprimento da Lei Orgânica. Não cumpriram a Lei Orgânica!

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver. Dib, apenas lembrando que tomamos uma posição política na Reunião de Mesa e Lideranças, e, fazendo Reunião Conjunta das Comissões, enfrentamos vários temas complexos. Por isso atrasamos, não pelo debate do Orçamento, que foi pequeno.

 

O SR. NILO SANTOS: Sra Presidente, o Ver. Mauro Pinheiro, Líder do PT, está confundindo, dizendo que a base aliada está se rebelando, que há uma rebeldia; pelo contrário, se ele tem um churrasco para ir, ele pode ir, nós vamos continuar lá no Plenarinho, mas nós vamos votar hoje.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Muito bem. Se há a vontade da maioria à continuidade, vou pedir a V. Exas que nos desloquemos ao Plenarinho para concluir a votação do Orçamento em respeito à cedência de espaço que fizemos ao Conselho de Arquitetura.

 

O SR. DJ CASSIÁ: Presidente, com todo o respeito aos Vereadores que me antecederam aqui, eu estou desde cedo propondo que se cedesse algum tempo à oposição. Nós já deveríamos ter votado. Eu estive duas vezes falando com a senhora aí na frente. Tanto eu, como o Vice-Líder, e o Líder do Governo estamos aqui desde cede, junto com a base, para votar, e nós vamos votar hoje, sim; hoje, nem que fiquemos até a uma, duas, três da manhã!

 

O SR. LUIZ BRAZ: Presidente, com todo o respeito que tenho por V. Exa, este plenário é, na verdade, o recinto principal em que a população de Porto Alegre faz as suas manifestações. Hoje estamos votando o Projeto principal que existe em tramitação sempre neste plenário. Não é lógico, Sra Presidente, que a gente saia deste plenário, que tem todas as condições para os Vereadores atuarem, para irmos para o Plenarinho. Acho que só podemos fazer cessão deste espaço aqui quando os Vereadores não precisarem utilizar. Nós estamos em votação do principal Projeto que temos durante todo o ano. Não é justo e não é lógico que tenhamos que sair deste plenário. Assim, V. Exa está dizendo: “Olha, o Legislativo não tem que existir”. Aí, seria o fim do mundo.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver. Braz. Interrompo por alguns minutos e solicito que as Lideranças venham até a mesa.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Verª Sofia, sou daqueles que comungam que possamos votar, mas primeiro temos um compromisso da Casa, e aí, Ver. Luiz Braz, peço a sua sensibilidade, porque foi acordado. Hoje vai ser a criação do Conselho de Arquitetura, que, até então, era junto com o da Engenharia. Eles não têm um local, foi cedido este. Eu entendo que temos que votar hoje, mas não podemos deixar todo esse pessoal aí.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver. Garcia. Gostaria de chamar os Líderes, por favor! Vamos entrar em um acordo, temos como resolver, nossa intenção é votar.

 

(Pausa.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, nós não conseguimos um consenso, mas uma maioria. Estou interrompendo a Sessão para reiniciá-la no Plenarinho, daqui a 10 minutos, com cobertura da TVCâmara. Foi a posição da maioria dos Líderes.

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Sra Presidente, primeiro eu quero dizer que, nos últimos três anos, o Orçamento foi votado nos dias 8 de dezembro, 9 de dezembro e 10 de dezembro. Portanto, não precisa ser votado hoje. Segundo: se o Orçamento só chegou hoje a este plenário, foi porque, muitas vezes, não teve Pauta por não ter quórum; a base do Governo não se preocupou. Portanto, hoje, se querem votar, nós, da oposição, votamos desde que os Vereadores da base do Governo estejam presentes. Por isso peço verificação de quórum. O Governo que dê quórum! Muito obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Eu vou ouvir o Ver. Dib, que está esperando para falar, e vou solicitar a abertura do painel para verificação de quórum.

 

(Manifestação fora do microfone. Inaudível.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não, não tinha acordo, tinha uma maioria.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sra Presidente, eu não falto nunca à Sessão, e tenho todas as dificuldades, mas estou aqui sentado! Eu propus a maneira de fazer a votação, mas todo o mundo queria fazer discurso. Agora, eu não saio daqui, eu não vou para o outro plenário! Eu não sou criança, eu não sou moleque para dizerem que não votei, porque a Bancada do Governo não estava aqui. Não! Eu estou aqui, não falto nunca. E não vou aceitar que se vote depois do dia 5! Se quiserem votar, votem, mas João Dib, que jurou cumprir a Lei Orgânica, vai cumprir a Lei Orgânica! Eu avisei como é que tinha que ser feito no início, mas tinham que discutir...

 

O SR. NILO SANTOS: Sra Presidente, só para deixar clara a posição do PTB, Partido Trabalhista Brasileiro. No nosso entendimento, nós podemos continuar no Plenarinho, até para não sermos deselegantes com as pessoas que vieram participar do próximo evento. Esta é a nossa posição: manter o processo todo lá no Plenarinho. Obrigado.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Presidente, acho que nós estamos delongando um assunto que já está resolvido. Vossa Excelência começou por convocar uma Sessão, na próxima quarta-feira, às 14 horas, para o prosseguimento da votação. Não há, data venia as mais respeitáveis opiniões em contrário, nenhuma ofensa ao Regimento e à Lei Orgânica do Município. Aliás, acertou já o Ver. Mauro: os três últimos Orçamentos foram aprovados após o dia cinco. Não se gerou com isso nenhuma ilegalidade, nenhuma inorganicidade, nada que afrontasse a Lei. Por conseguinte, não vamos cansar as pessoas que estão aqui e criar esse desgaste desnecessário para a Casa. Mantenha a sua posição e convoque a Casa para, às 14h da próxima quarta-feira, enfrentar esse assunto.

 

O SR. NELCIR TESSARO: Sra Presidente, eu quero dizer que o PSD dá acordo para continuarmos no Plenário Ana Terra, porque eu acho houve um acordo, houve a cedência deste Plenário e tem que se cumprir. As pessoas estão aguardando no saguão.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Rapidamente, Sra Presidente, só para registrar a nossa opinião. O PSOL corrobora a opinião das Bancadas anteriormente. Este Plenário foi emprestado, foi cedido para a homenagem e criação do Conselho Regional de Arquitetura. A nossa decisão é em respeito a essas pessoas que estão esperando para fazer a sua homenagem. Que nos desloquemos para o Plenário Ana Terra para dar seguimento aos trabalhos.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Só para registro: sou favorável a que se vá para o outro plenário.

 

O SR. ELIAS VIDAL: Sra Presidente, como Líder do PPS, acho que é um desrespeito aos convidados que vieram a esta Casa; então, me somo aos demais Vereadores.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Muito obrigada. Então, senhores, vamos fazer uma verificação de quórum, em função do pedido do Líder do PT. Se mantido o quórum, nós nos deslocaremos para o Plenarinho desta Casa.

Solicito a abertura do painel eletrônico, para verificação de quórum, solicitada pelo Ver. Mauro Pinheiro. (Pausa.) (Após o fechamento do painel eletrônico.) Vinte e um Vereadores presentes. Há quórum.

 

O SR. NELCIR TESSARO (Requerimento): Presidente, após este apregoamento, eu solicitaria que fosse colocada em votação a transferência para o outro plenário.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. João Antonio Dib, tenho um Requerimento na Mesa. V. Exa apresenta outra proposta? (Pausa.) Nós já temos um Requerimento.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sra Presidente, eu não vou ser obstáculo para as coisas que são mal planejadas na Casa do Povo de Porto Alegre. Até V. Exa, se presidisse, e o Vice-Presidente preside, teria seguido o meu conselho. Eu tenho experiência, fiz uma proposta a V. Exa, mas não foi aceita. Votaríamos as Emendas aprovadas sem problema nenhum; depois o debate aconteceria nas Emendas destacadas. Vossa Excelência não aceitou. Todo o mundo falou. Agora, então, com todas as dificuldades que se tem, nós vamos para o outro plenário, porque a Cidade é mais importante do que cada um de nós, apenas por isso, e não porque V. Exa tenha cometido o erro de não conduzir a Sessão como deveria ser conduzida. Eu peço desculpas a V. Exa pela maneira como falo, mas eu falo a verdade, eu não sei falar diferente. Vou aceitar ir para o outro plenário, que não tem condições, porque eu tenho respeito pelas pessoas que aqui vieram. E tenho, sem dúvida nenhuma, todas as dificuldades para fazer o que vou fazer agora, mas vou, porque gostaria que as coisas funcionassem de maneira mais eficiente aqui, e não da maneira como têm funcionado. Tenho aguentado isso aqui todos os dias; vou aguentar mais uma vez, só me falta um ano e menos de um mês para eu ir embora.

Lembrando de hoje, vou ficar mais tranquilo quando tiver que ir embora, porque, realmente, o grande momento do Vereador é a discussão do Orçamento. E a Lei Orgânica diz que é hoje o dia. Podem dizer tudo o que quiserem. A Lei é clara, precisa e concisa: até 05 de dezembro. Nós teríamos votado se não tivéssemos discutido tanto.

Eu agradeço a atenção de V. Exa, peço desculpas aos meus Pares e às pessoas que esperam aqui, mas vou contrariado, sem dúvida nenhuma. Saúde e PAZ!

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. João Antonio Dib, está registrada a sua fala, só que eu não presido eliminando discussão. É diferente da vontade de V. Exa, sinto muito, mas esta Sessão, hoje, obedeceu radicalmente e rigorosamente a tudo que nós combinamos para a tarde de hoje. Tratamos de todos os Projetos na Comissão Conjunta e, Ver. Dib, já votamos todas as Emendas aprovadas. A única divergência era se continuaríamos hoje ou na quarta-feira.

O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra.

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Verª Sofia; Ver. João Antonio Dib, com todo o respeito que V. Exa merece, bem como todos os Vereadores desta Casa, pois todos foram eleitos pela vontade do povo: se hoje estamos votando de forma atropelada, não é culpa de Vereador A ou B, mas, sim, dos Vereadores que não deram acordo e de muitas vezes a Pauta ter caído. Por isso, só hoje veio para esta Sessão a pauta do Orçamento e da Lei de Diretrizes Orçamentárias.

V. Exa disse que sempre esteve presente, mas o senhor é um único Vereador, não é o conjunto dos Vereadores, e, para correr a Pauta, é preciso um número maior de Vereadores do que só Vossa Excelência.

Portanto, a culpa não é da Presidente desta Casa nem da oposição. Nós estamos aqui presentes, queremos votar. Agora, como V. Exa falou, a Lei de Diretrizes Orçamentárias tem que ser discutida e merece ser discutida por todos os Vereadores. Nós, Vereadores, temos que discutir, sim, e é isto que queremos fazer. Agora, impedir que os Vereadores discutam a Lei para poder terminar no horário que V. Exa quer não dá; nós vamos, sim, discutir. Se o Governo é intransigente, quer votar hoje e não pode deixar para quarta-feira, nós vamos ficar votando até a hora que for necessário. Mas os Vereadores da base do Governo têm que estar presentes. Muito obrigado.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Um registro: ninguém votou nada de forma atropelada, como o Ver. Mauro Pinheiro falou.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não, concordo também.

Em votação o Requerimento do Ver. Nelcir Tessaro para a transferência da Sessão para o plenarinho.

O Ver. Luiz Braz está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. Nelcir Tessaro.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sra Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, querido amigo João Dib, Líder do Governo, eu concordo com 99% do que fala V. Exa; só não posso concordar que V. Exa seja contrário a que os Vereadores de Porto Alegre discutam o Orçamento. Queira ou não, essa é a peça principal que nós temos que votar na cidade de Porto Alegre, e nós temos que discuti-la. Acho que o Orçamento foi pouco discutido até agora. É claro que, com as Emendas destacadas, nós iremos discutir mais o Orçamento, porque nós temos que discutir, temos que saber o que estamos votando. Nós estamos votando quatro bilhões e meio de reais de Orçamento, um pouco mais, tanto de Receitas quanto de Despesas. E nós temos que conhecer pelo menos um pouco sobre isso. E temos que discutir!

Então, Ver. Dib, eu acho que o problema não é esse; o problema principal é que este plenário, onde se reúnem os Vereadores de Porto Alegre, não pode ser cedido para outra função antes que os Vereadores cumpram com a sua obrigação de votar o que tem que ser votado!

Nós ainda estamos votando o Orçamento de Porto Alegre. V. Exa vai diminuir esta Câmara, vai diminuir a representação que temos de Porto Alegre se fizer essa transferência da Sessão para o plenarinho. É um absurdo! Eu nunca tinha visto coisa igual a essa acontecer aqui. Eu tenho 29 anos de Casa - vou completar 30 anos no ano que vem. O Ver. João Dib tem 40 anos de Casa, mas eu tenho 29 e nunca vi nada igual!

Eu acho que é um apequenamento da Câmara de Vereadores. Com todo o respeito que eu tenho pelas pessoas que aqui estão, Verª Sofia Cavedon, eu acredito que temos que tratar todos os segmentos da sociedade e muito bem, pois nós estamos aqui os representando, mas eu não posso, aqui, neste momento, colocar toda a população de Porto Alegre em segundo plano, e é o que eu estou fazendo, saindo deste plenário: toda a população de Porto Alegre fica em segundo plano! E com todo o respeito que eu tenho pelas pessoas que aqui estão, eles mandam aqui neste plenário, Ver. João Dib, expulsam os Vereadores, de acordo com a Presidente. E nós vamos discutir o Orçamento de Porto Alegre, que vai falar em saúde, educação, transporte, habitação, tudo. E nós vamos para um plenário que não oferece as condições necessárias para que façamos lá a discussão. Ah, não, eu acho que não! Eu, pelo menos, Ver. João Dib, não vou fazer isso com a população que represento. Eu represento a população de Porto Alegre, Ver. Reginaldo Pujol, e não vou transformar as pessoas que eu represento em pessoas de segunda categoria. Este plenário é para que nós possamos discutir Porto Alegre.

Eu vou votar contra o Requerimento para transferirmos a Sessão para o outro plenário. Eu posso ser um voto isolado, posso ser só eu, mas vou votar contra. Eu acho que, como Vereador de Porto Alegre, eu tenho a obrigação de exigir que a discussão se dê aqui, exatamente neste recinto, com a transmissão da televisão, para que as pessoas possam nos acompanhar...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

O SR. LUIZ BRAZ: ...para que saibam o que nós estamos pensando. Não é um problema agora de oposição e situação, não se trata disso; não é que, Ver. Aldacir Oliboni, eu esteja pensando como Vereador de situação; não, eu estou pensando como Vereador de Porto Alegre. Todos nós que estamos aqui vamos ficar até a hora que for preciso, mas para votar as coisas de Porto Alegre. Ora, como vou cruzar os braços e votar qualquer coisa? Não! Eu, pelo menos, voto contra sairmos daqui e votarmos o principal Projeto de Porto Alegre no outro Plenário.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento, de autoria do Ver. Nelcir Tessaro, que solicita transferência da Sessão para o Plenário Ana Terra.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sra Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores; meus senhores; minhas senhoras, a experiência é algo que não deve ser desprezada. Quando a matéria foi colocada em discussão, eu apresentei uma lista de Emendas que o Governo aprova, e sugeri - já que o Orçamento vai ser aprovado, o Projeto vai ser aprovado - votarmos em bloco as Emendas que são aprovadas; as outras são destacadas. Não, discutiram muito tempo, mas muito tempo as Emendas destacadas. O Ver. Garcia falou do Orçamento; o Ver. Reginaldo Pujol falou do Orçamento, e o resto foram as Emendas destacadas: “Porque a Emenda popular, porque a Emenda não sei o quê...”. Se nós tivéssemos seguido a regra como foi proposta, tudo teria acontecido bem. Agora, eu quero deixar bem claro: em momento nenhum me passou pela ideia que os Vereadores não deveriam discutir o Orçamento. O que eu disse é que, no momento da votação das Emendas em destaque, o Orçamento seria discutido por cada um da maneira que quisesse. Essa seria a maneira correta. É por isso que eu disse: a experiência deve ser respeitada. Foi proposto, não foi aceito; então, eu já havia dito que eu concordava em ir para lá porque achei que era o que todos pensavam. Mas, se for para votar, eu voto contrariamente, e não tenho nenhum problema com isso, com todo o respeito que eu tenho tanto pelos meus Pares como pelas pessoas que aqui vieram. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento, de autoria do Ver. Nelcir Tessaro, que solicita transferência da Sessão para o Plenário Ana Terra.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Sra Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras; população aqui presente, eu fico até constrangida de subir à tribuna por uma discussão tão pequena. Quero pedir desculpas aos que estão esperando há meia hora, porque houve uma coincidência, e a população aqui presente não tem nenhuma responsabilidade, sejam os arquitetos, engenheiros ou as famílias que vieram prestigiar. Então, vou tentar ser muito rápida, porque foi uma discussão que me parece muito distorcida.

Houve uma Reunião de Mesa e Lideranças, que decidiu que haveria Reunião Conjunta das Comissões para analisar uma série de projetos, visando acelerar a votação desses projetos até o final do ano. Por isso, demorou-se a entrar na discussão do Orçamento, que, de fato, é um dos projetos mais importantes da Cidade, e em se discutindo o todo - as emendas, as distorções, as prioridades, o que não foi previsto -, a Sessão se alongou, tendo que ser realizada agora no Plenário Ana Terra.

Agora eu quero dizer uma coisa a vocês: se a Casa do Povo não serve sequer para receber a população quando vem para uma homenagem em uma Sessão Solene, não dá! Dizer que é uma distorção nós mudarmos de lugar, enquanto vários Líderes partidários concordaram?! Acho que isso é uma questão de respeito, de dignidade. De fato, houve uma coincidência, atrasou a votação do Orçamento, mas as pessoas que estão no plenário vieram para um compromisso que está agendado há mais de um mês! Não foi erro de ninguém, foi uma coincidência. Agora, o que eu não consigo entender é por que estamos discutindo, há quarenta minutos, se a Sessão segue aqui ou no Plenário Ana Terra, e não estamos discutindo os R$ 4 bilhões do Orçamento da cidade de Porto Alegre! Por favor, não diminui ninguém fazer uma votação no Plenário Ana Terra, onde também tem a TVCâmara, onde tem cadeiras, microfones, onde se pode discutir. O importante da discussão não é o espaço, mas o conteúdo, a luta que temos que fazer para que o Orçamento seja cumprido e responda às necessidades do povo de Porto Alegre.

Então, peço mil desculpas, mas eu acho absolutamente vergonhoso que a Câmara esteja, às 20h, fazendo este debate. (Palmas.)

 

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra encaminhar a votação do Requerimento, de autoria do Ver. Nelcir Tessaro, que solicita transferência dos trabalhos para o Plenário Ana Terra.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sra Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, não tenho o menor constrangimento de estar discutindo nesta hora, aqui na Casa. Esta Casa não é uma Casa de unanimidade; ao contrário, é uma Casa de divergências. Não obstante, acho que a nossa divergência hoje já foi longe demais. Em verdade, não meço o meu trabalho por presença em horários e locais diversificados. Se eu tiver que votar no Plenarinho, vou votar no Plenarinho, por que não? Votei muito tempo lá no Plenarinho; era um grande local onde as discussões da Casa ocorriam; se tiver que votar agora, às 8h ou amanhã ou quarta-feira 9h30min, Ver. Tarciso, vale a mesma coisa! Não vejo por que nós estarmos discutindo com tanta intensidade diante de uma circunstância que não foi criada pelas pessoas que aqui estão, mas que acabam sendo vítimas de - sei lá - falta de planejamento nosso, não observância das nossas regras, e não saber que não é raro as discussões aqui na Casa se alongarem muito mais do que a gente imagina que deveriam. Como prefiro uma Casa que discuta a uma Casa que silencie, não tem sentido eu não ter uma posição diferente da que tenho. Já foi proposto no início, e eu vou acentuar o seguinte, responsavelmente vou dizer o seguinte: se não concluirmos a votação do Orçamento hoje, não faremos nenhum ato do qual nós tenhamos que nos arrepender amanhã. Nos três anos que antecedeu este, o Orçamento foi aprovado em data posterior ao dia 5 de dezembro, e não houve nenhuma calamidade por causa disso. Por isso eu acho que, independentemente de discutir se é aqui ou lá, nós podemos, muito bem, terminar agora e, como disse, na primeira colocação que fez a Presidente no início, virmos aqui às 9h30min da quarta-feira e terminarmos com aquilo que já iniciamos. Não há nenhum crime, não há nenhum erro, não há nenhum atentado ao Regimento nem à Lei Orgânica do Município nem tampouco à Constituição Federal, por consequência. Minha palavra é uma só: se quiserem, fico até a meia-noite, no Plenarinho, no meio da rua, onde quiserem, para votar. Tamanha obsessão não se justifica. Vamos concluir os trabalhos agora, voltar na quarta-feira às 9h30min e terminá-lo em ordem, disciplina, discutindo quanto for necessário. Só isso, Presidente. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. DJ Cassiá está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. Nelcir Tessaro, que propõe continuarmos a Sessão no Plenarinho.

 

O SR. DJ CASSIÁ: Sra Presidente; Ver. Nilo Santos, meu Líder; em primeiro lugar, eu não preciso pedir desculpas, Verª Fernanda, porque estou aqui desde manhã; então eu não tenho por que pedir desculpas, porque eu não sou culpado de nada. Aliás, Verª Fernanda, eu estou desde cedo alertando! Então, não sou culpado de nada, Ver. João Dib, não sou. Eu estou aqui desde manhã! Agora, Verª Fernanda, eu não posso culpar os meus colegas nem pedir desculpas por eles. Não posso, porque não tenho culpa e muitos aqui não têm culpa, a grande maioria não tem, Verª Fernanda.

Ver. João Antonio Dib, como Vice-Líder do Governo, eu estou propondo aos nossos colegas para deixarmos essa votação para quarta-feira, para fazermos um debate mais profundo. Este é o meu encaminhamento.

E mais uma vez, não estou me desculpando, porque eu não errei em nada! Alguém errou, e eu alertei desde cedo. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação nominal, por solicitação da Presidência, o Requerimento do Ver. Nelcir Tessaro, que solicita a transferência dos trabalhos para o Plenário Ana Terra. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 17 votos SIM e 05 votos NÃO.

Agradeço a paciência dos cidadãos, cidadãs, arquitetos que estão aqui e desejo-lhes uma excelente posse. Convido todos os Vereadores para, em cinco minutos, retomarmos os trabalhos no Plenarinho em anexo.

Estão suspensos os trabalhos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 20h8min.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 20h13min): Em votação a Emenda nº 01, destacada, ao PLE nº 040/11.

 

O SR. DJ CASSIÁ: Sra Presidente, eu encaminhei um Requerimento e gostaria que fosse votado.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não foi votado naquela hora porque havia outro Requerimento em votação.

 

O SR. DJ CASSIÁ: Então, como agora é uma outra situação, eu peço que se vote o meu Requerimento, para quarta-feira, antes da discussão.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Eu vou registrar os encaminhamentos. Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, nós estamos retomando a Sessão, então, vamos nos concentrar e colaborar. A TVCâmara está se deslocando para cá, já está montando o equipamento, nós gravaremos a Sessão.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Sra Presidente, solicito verificação de quórum, porque, na realidade, está uma esculhambação.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Nós não estamos de brincadeira, podemos verificar o quórum, mas não está uma esculhambação, e nós não estamos brincando.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA (Questão de Ordem): Sra Presidente, pelo que eu entendo, eu gostaria que V. Exa me esclarecesse: como houve uma interrupção para transferência, a Sessão continua normal?

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Sessão normal. Só que a verificação de quórum precede, e, de imediato, chamo o Sr. Secretário da Mesa, Ver. Paulinho Rubem Berta, para fazer a chamada.

 

O SR. SECRETÁRIO ad hoc (Paulinho Rubem Berta): (Procede-se à chamada nominal dos Srs. Vereadores.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): (Após a chamada nominal.) Com 25 Vereadores, há quórum.

Em votação o Requerimento, de autoria do Ver. DJ Cassiá, que solicita que a votação do PLE nº 040/11 seja transferida para quarta-feira, às 9h.

O Ver. Luiz Braz está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sra Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, eu acredito que V. Exa está propiciando, talvez, um dos momentos mais tristes desta Câmara durante toda a sua história. Nós estamos em um momento, Verª Sofia, em nós estamos votando o principal Projeto que uma Câmara de Vereadores pode votar. Não é só na nossa, aqui em Porto Alegre, mas em qualquer Parlamento, Ver. Elói Guimarães, o Orçamento é o principal projeto votado numa Câmara de Vereadores, ou numa Assembleia Legislativa, ou na Câmara Federal. Não existe outro projeto que seja superior a este, nem mesmo o Plano Diretor, que é também um projeto extremamente importante, pode ser superior em importância ao Orçamento. É por isso, Ver. João Antonio Dib, que V. Exa, é claro, com toda a sua inteligência, queria que votássemos rapidamente para que nós pudéssemos, quem sabe, não ter a Sessão interrompida depois. Mas seria impossível para os Vereadores não irem até a tribuna, não quererem, de alguma forma, discutir detalhes deste Orçamento. Foi por isso que a Sessão acabou demorando mais do que as sessões normais, mas era previsto; afinal de contas é o Orçamento! O que não poderia acontecer, de forma nenhuma, sabendo, através da Lei Orgânica, que o dia 5 é o dia fatal para a votação do Orçamento, é nós não termos reservado tempo integral, Ver. Mauro Pinheiro, para apreciarmos o Orçamento. Por que nós temos que ceder o Plenário principal da nossa Casa e vir aqui para onde não temos condições de debate?! Os Vereadores estão sentados um ao lado do outro, sem microfone, sem nenhuma condição de debater um Projeto importante como esse!

A Cidade não está nos acompanhando, Verª Sofia Cavedon, porque a televisão vai gravar, ela não tem condições de continuar transmitindo, e as pessoas que estavam nos acompanhando e tentando tirar uma conclusão a respeito do Orçamento de Porto Alegre, que não é um Orçamento pequeno, nós não estamos votando um Orçamento de uma cidade pequena; é um Orçamento que vai receber a Copa do Mundo e por isso mesmo ele está sendo superdimensionado...

 

(Manifestação fora do microfone. Inaudível.)

O SR. LUIZ BRAZ: Não está, está gravando... São R$ 4,6 bilhões que estão sendo discutidos num plenário, Ver. João Antonio Dib, que nos abrigou quando nós viemos para cá, às pressas, saídos, naquela época, de uma Secretaria onde estávamos abrigados. Então, a gente teve que vir para cá às pressas, e este plenário nos abrigava naquela época. Mas, agora, não! Para votar um Orçamento, como é o caso de Porto Alegre - olha, meu Deus do céu -, é ridículo! Nós estamos, na verdade, jogando a Cidade toda, todos os segmentos da Cidade, para um segundo plano, para aqueles que estão no Plenário principal. E não é culpa deles, claro que não, mas eles se transformaram no alvo principal daquilo que deve ser discutido aqui na Câmara Municipal, enquanto nós ficamos secundários aqui; nós, que representamos toda a sociedade.

Ver. DJ Cassiá, com o carinho que tenho por V. Exa, o Requerimento que V. Exa colocou, na verdade, concorre com o Requerimento que foi votado depois, qual seja, para a transferência da Sessão para cá. Se nós viemos para cá, e isso foi aprovado por aquele Requerimento, eu acredito que não há mais como aprovar o Requerimento de Vossa Excelência. Os Vereadores votaram, em sua maioria - e eu votei contrário -, que nós viéssemos para cá para continuar as discussões. Se tivesse sido negado aquele Requerimento, haveria razão votarmos aqui o Requerimento de V. Exa para que transferíssemos para quarta-feira a votação, mas, já que viemos para cá, a bobagem foi feita, o prejuízo já existe, então vamos votar hoje mesmo. Se o Ver. DJ não retirar o seu Requerimento, eu vou ser obrigado a votar contrariamente ao Requerimento de sua autoria porque acho que ele é concorrente ao Requerimento que votamos anteriormente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento do Ver. DJ Cassiá.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sra Presidente, diz um pensador espanhol que “todo es verdad, todo es mentira; todo depende del color del cristal con que se mira” ["En este mundo traidor nada es verdad ni es mentira; todo es según el color del cristal con que se mira"]. O Ver. Braz disse que V. Exa estava promovendo um dos piores momentos da história desta Câmara com a realização desses atos que aqui se prolongam e aqui se realizam. Não sei se é o pior momento, mas asseguro que é um momento muito especial. Quero dizer o seguinte: não me envergonho de ter os senhores e as senhoras como meus colegas; pelo contrário, tenho muito orgulho de saber que, apesar dos pesares, às 8h25min da noite, nós estamos aqui, em função de um desencontro de opiniões, discutindo o que poderíamos, Ver. Cassiá, em grande parte, já ter discutido lá no Plenário. De outra maneira, se tivéssemos acolhido a primeira posição sustentada pela Presidente, já estaríamos num outro lugar nos preparando para voltar à Câmara Municipal na quarta-feira às 9h30min, que foi o horário que ela convocou. Não quisemos assim; não nos cabe agora... Vai me perdoar, Vereador, V. Exa sabe do carinho que tenho por Vossa Excelência...

(Manifestação fora do microfone. Inaudível.)

 

O SR. REGINALDO PUJOL: É do coração, sem dúvida. Sabem que o meu grande pecado na vida é ser muito transparente, e eu não consigo esconder quando não gosto de uma pessoa; em compensação, sou muito aberto quando gosto das pessoas. E eu gosto de V. Exa pela sua luta, pelo seu trabalho, pela dignidade com que exerce o mandato. Então, Ver. Haroldo, V. Exa, que também tem o meu carinho, não se sinta enciumado, nós já fizemos tudo isso, toda essa parafernália, ficamos lá, pagamos um mico na frente de todos aqueles arquitetos, viemos para cá para não votar?! Não, agora vamos votar tudo o que tivermos que votar e discutir tudo, muito direitinho, preto no branco, olho no olho. Vamos acabar com essa história de que alguns querem trabalhar mais do que os outros. Eu nunca vou me exibir dizendo que sou dos primeiros a chegar e dos últimos a sair, porque não faço favor nenhum para isso. Houve tempo em que não era assim, eu tinha outros compromissos que eu tinha que compatibilizar, mas, no essencial, sempre procurei honrar o meu mandato. Hoje estamos diante dessa situação. É verdade, todos nós sabemos que a grande maioria dos nossos colegas Vereadores, nesta hora, teria que estar lá no Gigante do Beira-Rio...

 

(Manifestação fora do microfone. Inaudível.)

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Não é no Gigante? Onde é? No Montana Grill! Ao lado do Gigante, porque é de tradição que o Sindicato faça essa festa anual. Vamos nos desdobrar, vamos nos furtar de ir à festa do Sindicato; vamos ficar aqui discutindo as inúmeras emendas que ainda há para serem discutidas; votando uma a uma, com votação nominal; não há outra possibilidade, porque não tem placar eletrônico aqui. Não há alternativa, senão colher os votos nominalmente, Ver. Brasinha. Isso vai acontecer, por quê? Porque colhemos o que plantamos. Se não tivemos inteligência suficiente de superar as nossas desavenças na primeira hora da tarde - como o galo se mata na primeira noite -, nós vacilamos! Não fomos capazes de resolver o problema naquela hora, e agora temos que ir até o fim. E o fim é o enfrentamento das matérias que temos para serem votadas, discutindo, votando, deliberando, no interesse da sociedade. Era isso, Sra Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Professor Garcia está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento do Ver. DJ Cassiá.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Sra Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, Ver. DJ Cassiá, com todo o carinho que V. Exa merece, mas nós temos que fazer uma análise contextual do que ocorreu hoje. Olha, nós ficamos discutindo todo tempo, e, no final, acordamos que iríamos votar o Orçamento. E, ato contínuo, nós saímos daquele espaço, viemos para cá, e agora cancelar, eu acho que não seria o mais correto, mas respeito a sua posição. Inclusive olho e percebo que, talvez, haja alguma manobra, porque eu vejo que alguns Vereadores saíram, e talvez tenham feito isso de propósito, para voltarem.

Agora, quando “pagamos aquele mico”, desculpem o termo... E aí, Verª Sofia, eu entendo o que o Ver. Braz colocou, porque nós sabemos que quarta-feira é o dia de nossas votações plenas, e cada vez vai afunilando mais; talvez fosse mais prudente não ter reservado o Plenário para esta data, mas aconteceu. E aí não tinha como continuarmos lá, porque os convidados estavam lá.

Agora, neste momento, nós não temos outra alternativa a não ser votar o Orçamento. Não são as melhores condições? Não são as melhores condições. Talvez com essa metodologia demore mais, porque terá que haver chamada nominal dos Vereadores, item por item. Mas vamos votar as emendas, o Ver. Dib já fez uma proposta de votarmos em bloco, mas, neste momento, eu insisto com o Ver. DJ Cassiá. Nós temos sete encaminhamentos. Se V. Exa retirar o seu Requerimento, nós vamos economizar, no mínimo, 20 ou 25 minutos. E eu acho que o Ver. Elói vai ter razão, porque, do jeito que estamos indo, quando terminarem os encaminhamentos, vai estar livre o Plenário, e talvez tenhamos que voltar para lá de novo. Eu entendo e vou ficar nessa posição, de que não tem como adiar. Temos que votar hoje o Orçamento, emenda por emenda. E quantas vezes nós já ficamos, aqui nesta Casa, até meia-noite, uma hora da manhã? Ver. Dib, V. Exa sabe que uma vez eu fiz 25 pronunciamentos numa noite.

 

(Manifestação fora do microfone. Inaudível.)

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Não, para isso a gente dá um jeito. E quero dizer que a Casa sempre cuidou desse detalhe; quando ficamos até mais tarde, a Casa cuidou desse detalhe da alimentação. Acho que não é esse o problema. Na realidade, nós temos que votar hoje, mas o Ver. DJ tem todo o direito de entender que não. Eu respeito a sua posição, e V. Exa é um dos Vereadores mais combativos e colocou lá a sua posição, porque estava desde manhã. Eu acho que isso é legítimo, mas nós ficamos com esse problema de não votarmos agora. Então, encaminho contrariamente a essa posição e opto por votarmos, ainda hoje, o Orçamento.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Garcia, apenas lembrando que hoje é segunda-feira, não quarta-feira.

O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento do Ver. DJ Cassiá.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Sra Presidente, Srs. Vereadores, que engraçado isto, o Professor Garcia veio aqui na tribuna, falou e quer que o DJ retire. Então, por que o senhor falou? Então, que o senhor não falasse também e pedisse imediatamente que retirasse. Todos querem falar, mas não querem que o outro fale; então, vocês têm que escutar os outros falar também, porque todos os Vereadores aqui são iguais, todos têm o seu voto, têm a sua liberdade e todos têm devem ser respeitados, todos somos iguais, ou temos diferença aqui? Se tiver uma diferença, avisem, que eu saio correndo e nunca mais volto. Eu já tenho notado, algumas vezes, que, quando eu peço algum aparte: não pode. Eu sou Vereador também. Todos os Vereadores têm que ser respeitados aqui nesta Casa, porque todos têm voto e direito igual. Se não tiver direito igual, então me falem agora, se tem diferença porque tem canudo embaixo do braço, eu não tenho canudo, mas tenho voto e tenho vontade de obedecer às ordens.

Encaminho favorável ao Requerimento do DJ Cassiá, para que a votação, Ver. Dib, seja feita quarta-feira, porque não tem condições... Se pedir novamente o quórum, não há 24 Vereadores aqui, ou, quem sabe, se nós saíssemos e retornássemos, mais tarde, lá para o outro plenário e ficássemos a noite toda, mas desde que haja condições para todos estarem adequadamente sentados para discutirmos a matéria. Sra Presidenta, que a senhora dê um tempo, um espaço, para todos saírem, quem sabe jantarmos, e depois retornamos para a votação novamente.

Eu não estou brabo com vocês, eu só reclamei porque acho que tenho razão, porque já vi, várias vezes, que, quando alguém vai à tribuna, começam as piadinhas; então me respeitem, porque eu respeito vocês.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Verª Maria Celeste está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento do Ver. DJ Cassiá.

 

A SRA. MARIA CELESTE: Primeiro, eu queria fazer a referência no sentido de que ninguém preside esta Casa sozinho. E, se a condução do trabalho de hoje à tarde foi da forma como foi, certamente foi acordado em reunião de Mesa e Lideranças e foi estabelecido um acordo.

Segundo, em relação ao Orçamento, eu também nunca tinha visto tanta falta de vontade do Governo em estabelecer um diálogo com a oposição para organizar a votação do Orçamento. É a primeira vez que vejo isso nos últimos anos, quando não se estabelece um diálogo para organizar a metodologia de trabalho no Orçamento. Todos nós sabíamos que hoje é o último dia previsto para a votação do Orçamento. No entanto - e, desta vez, a Bancada do Partido dos Trabalhadores apresentou poucas emendas, diferentemente de outros anos, inclusive -, me parece que não fomos procurados para organizar qual a metodologia de trabalho que iríamos utilizar nesta votação. E, quando isso não acontece, cada Bancada tem a liberdade de se expressar e de fazer como entende melhor. Portanto, a organização do dia, com a previsão de a votação sair hoje, é de responsabilidade de todos nós que estamos aqui.

Também, Ver. DJ Cassiá, com o maior respeito ao seu Requerimento e às condições de trabalho, não às nossas, mas, especialmente, a dos funcionários, porque tem que haver taquigrafia, tem que haver gravação, depois de todo o constrangimento que nós passamos lá, num debate que, para mim, ficou sintetizado na fala da Verª Fernanda Melchionna, que foi muito complexo, complicado e difícil de explicar para toda aquela gama de pessoas que estava lá o que aconteceu, o atraso da cerimônia, todos nós estamos constrangidos, certamente. Para poder diminuir minimamente esse constrangimento, eu acho que não seria adequado nós agora simplesmente sairmos daqui sem continuar com a votação. Acho que nós temos que enfrentar a votação, mesmo com as condições precárias em que se encontram os nossos funcionários, e poder também, com a responsabilidade de cada um de nós aqui, nesta Casa, colaborar neste processo - Ver. Brasinha, com todo o respeito que nós temos pelo senhor e por cada um dos Vereadores e Vereadoras desta Casa. O que nos cabe, neste momento, é colaborar com esse processo para que possamos construir um método de trabalho. Pode ser, inclusive, que não façamos a votação hoje, mas nós precisamos acordar a metodologia de trabalho para a votação do Orçamento hoje ou na segunda-feira, porque não vamos chegar a lugar algum se continuarmos agindo desta forma.

Então, quero aqui, com todo o carinho e respeito que tenho por cada um e cada uma de vocês, Vereadores desta Casa, com respeito a nossa Presidenta, dizer que acho que temos, sim, que estabelecer uma combinação entre nós e um método adequado para trabalhar, porque, se ficarmos aqui nas condições em que estamos, da forma como estamos, nos agredindo mutuamente, nós não vamos conseguir nem sequer na quarta-feira, realizar a votação. Faço um apelo aos Vereadores desta Casa para que possam construir com a Presidente um método de trabalho neste momento, para que a gente possa avançar. Com certeza, Ver. Ver. DJ, o seu Requerimento, neste momento, é inoportuno, e nós estamos encaminhando contrariamente.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. DJ Cassiá.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sra Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, na realidade, eu sou um democrata, respeito todos, sem exceção. Não posso abdicar da experiência que adquiri ao longo dos anos, e a proposição que fiz à Sra Presidente, no início da discussão, foi de que já que tínhamos uma série de emendas que seriam aprovadas, que se colocassem em votação as Emendas aprovadas; depois, as Emendas destacadas, porque o Projeto do Orçamento será aprovado fatalmente. Depois, as Emendas destacadas, que seriam discutidas uma a uma. Então, todos teriam a oportunidade de se pronunciar, eu não quereria nunca tirar a oportunidade de alguém se pronunciar. Mas há algumas coisas com que eu não concordo. Por exemplo: dizer que o Governo não parlamentou com os Vereadores. Não, o Governo não tem que ir atrás dos Vereadores! O Governo estava representado ali o dia inteiro! Em nenhum momento, o Governo deixou de atender um Vereador que foi lá, me procurou na esquina ou pelo telefone. Ninguém deixou de ser atendido! E o Governo estava presente no momento da votação. Então, nós não vamos dizer que o Governo tem culpa de qualquer coisa.

Agora, nós falamos demais, eu posso dizer com tranquilidade! Nós não discutimos a proposta orçamentária; nós discutimos as emendas destacadas, com exceção do Pujol, do Garcia, não sei se do Braz também, mas a maioria discutiu as Emendas destacadas. Se nós tivéssemos feito como mandava o figurino - vota o que está aprovado, vota as destacadas uma a uma, ou em bloco, como quiserem, discutem-se todas ao mesmo tempo - tudo bem.

E eu quero dizer uma outra coisa - e aí dou inteira razão para o Ver. Luiz Braz: nós, 36 Vereadores, somos a síntese democrática de toda a população porto-alegrense. Todos os votos dados aos Vereadores estão aqui neste plenário, estão em cima dos 36 Vereadores. E a população de Porto Alegre, hoje, sim, foi desrespeitada, porque nós não tínhamos que sair daquele plenário para vir para cá! Eu não tenho condições de olhar as Emendas, eu não tenho condições de fazer nada, só de votar “sim” ou “não”. Então, realmente, o Ver. Braz tem razão: a população de Porto Alegre foi desrespeitada. Eu sei que me excedi, talvez, um pouco lá, porque me atribuem coisas que eu não disse. Em momento nenhum, eu disse que o Vereador não deve discutir o Orçamento - em momento nenhum! Agora, tudo tem hora! Eu não posso abandonar toda a experiência que eu adquiri, não dando a minha contribuição. Dei a minha contribuição, não foi aceita. E o resultado é que nós estamos aqui. Aqui seria excelente, foi criado exatamente como um auditório para fazer aquilo que está sendo feito lá, este aqui foi feito com essa finalidade. Para mim, continua o Plenarinho Aloísio Filho, mudaram para Ana Terra, mas eu digo que é Aloísio Filho porque tinha placas com esse nome, e não se muda nome sem mais nem menos, mas, de qualquer forma, tudo bem. Este aqui foi construído, eu não sei quantos lugares tem aqui, talvez alguém possa me dizer. (Pausa.) Cento e doze lugares, mais os da Mesa, estariam 120 pessoas aqui, bem acomodadas, sem problema nenhum, não sei se lá tem 120. Mas nós estamos aqui sem a mínima condição de fazer uma votação. Agora, eu também estou de acordo com os que falaram aqui de que, já que nós estamos aqui, nós vamos votar mesmo. Posso, de novo, fazer uma proposição: coloquem os destaques em bloco; depois, votem um a um, porque, senão...

 

(Aparte antirregimental.)

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Claro, nós estamos aqui para votar! Proponho que os Destaques sejam colocados em bloco, e nós encaminhemos todos.

Eu agradeço a atenção, peço desculpas se, em algum momento, me excedi, mas, na verdade, eu tenho preocupação com esta Casa, tenho preocupação com o povo de Porto Alegre e eu não quero ver as coisas correrem mal aqui. O que aconteceu lá não foi uma coisa construtiva para esta Casa, eu lastimo, mas não sou culpado. Eu coloquei a minha posição, a Lei Orgânica é clara. Podem mudar como quiserem. Eu, Líder do Governo, não aceito a mudança, e, se não quiserem... É dia 5 que está escrito. Se estiver escrito diferente, por favor, me leiam, porque eu sou, então, um indivíduo com dificuldade de visão, talvez não saiba ler direito. Mas o que eu li é que 5 de dezembro é o limite para a votação. No 15 de dezembro, deve estar nas mãos do Prefeito. Isto porque a Comissão de Finanças, depois de votado aqui, vai ter que fazer a redação final, os Vereadores vão ter que assinar; e não vai acontecer como da última vez, na LDO, quando nós ficamos no plenário esperando as assinaturas para poder mandar em tempo hábil para o Prefeito.

Eu agradeço a atenção de V. Exa e por permitir que eu encerrasse as minhas palavras. Muito obrigado. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra para encaminhar o Requerimento do Ver. DJ Cassiá.

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Sra Presidente; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras; Ver. João Antonio Dib, o senhor sabe que tenho sempre o máximo respeito e toda a consideração por Vossa Excelência. Mas hoje acho que nós cometemos vários erros, e não dá para creditar esses erros à nossa Presidente, que cumpriu rigorosamente aquilo que foi combinado na reunião de Mesa e Lideranças. Se nós tivemos problemas, porque tivemos a Reunião Conjunta das Comissões e tivemos outras votações, é porque foi acordado com a Mesa e Lideranças. O grande equívoco que nós cometemos hoje foi o de não deixar a votação para quarta-feira, conforme este Vereador solicitou no pronunciamento, pedindo a consideração dos Vereadores, até porque, Ver. João Antonio Dib, a última vez que se votou a Lei de Diretrizes Orçamentárias, o Orçamento, antes do dia 05, foi no dia 04 de dezembro de 2006. Em 2007, nós votamos no dia 06 de dezembro. Nós votamos no dia 10 de dezembro de 2008, no dia 09 de dezembro de 2009 e no dia 08 de dezembro de 2010. Portanto, Ver. João Antonio Dib, nos últimos quatro anos, nós votamos após o dia 05. E não houve nenhuma sanção, nenhuma penalidade para a Cidade; não houve maiores problemas, porque nós temos até o dia 15 para sancionar, Ver. Pujol.

Então, houve uma grande intransigência de ambas as partes, uma disputa sem necessidade, e nós acabamos perdendo com isso. Ficamos fazendo uma disputa sem necessidade, quando poderíamos ter deixado para votar na quarta-feira. Agora, V. Exa falou que o Governo não precisa ir atrás; realmente, o Governo não nos procurou em nenhum momento para fazer nenhum tipo de acordo. Foi sendo votado assim como apareceu. Só que os Vereadores, nenhum Vereador discutiu as Emendas: nós discutimos o Orçamento; as Emendas que estavam acordadas, que nós fizemos um acordo com V. Exa para votar, que seriam aprovadas, nós votamos em bloco, e nenhum Vereador discutiu. Nós discutimos simplesmente o Orçamento. E agora nós temos as Emendas que estão destacadas, que o Governo não deu acordo para votar, que não deu acordo para aprovar. Então, elas estão destacadas, e nós vamos discutir uma a uma, sim. Nós não vamos dar acordo de votar em bloco aquelas que foram rejeitadas, nós vamos discutir.

O nosso pronunciamento e o nosso pedido foi para que se tivesse deixado para quarta-feira. Não teve acordo? Não teve. Agora, nós, da oposição, vamos discutir as Emendas. Eu acho um equívoco, acho que nós deveríamos ter deixado para quarta-feira, tendo em vista o que V. Exa mesmo falou, que o Orçamento é o principal Projeto que esta Casa vota. Então, não tinha necessidade de votar, de discutir e ficar atropelando. Até agora foi votado, foi discutido, em acordo; essa parte que está destacada e o próprio Orçamento, nós poderíamos ter deixado para quarta-feira ter discutido com calma, com tranquilidade. Não houve acordo? Houve. Não há problema. Vamos fazer a discussão aqui, vamos discutir emenda a emenda, e ficaremos até o horário que for necessário. Nós estamos aqui para trabalhar; nós temos essa obrigação de votar o Orçamento, e votaremos. Só acho que, na ânsia do debate, no calor do debate, a Verª Sofia, Presidente desta Casa, foi desrespeitada algumas vezes; acho que não merecia, porque está conduzindo de forma exemplar esta Sessão. E tudo o que foi votado foi de acordo com o combinado na reunião de Mesa e Lideranças. Muito obrigado pela atenção, Ver. João Antonio Dib.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Paulinho Rubem Berta está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. DJ Cassiá, que solicita que a discussão do PLE nº 040/11 continue na Sessão de quarta-feira.

 

O SR. PAULINHO RUBEM BERTA: Sra Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, o prejuízo de todos nós foi muito grande; da Casa, foi total. Eu faço uma pergunta: e as pessoas que nos estavam assistindo pela televisão? Como ficam essas pessoas que estavam acompanhando pela televisão os debates acalorados, os debates e seus contrapontos? E aí? O que é mais fácil para nós: retomarmos, na quarta-feira ou na segunda-feira, e darmos oportunidade de que as pessoas continuem acompanhando o desdobramento do Orçamento e a votação, ou votarmos hoje e sair de forma distorcida? Eu sei - e escutei aqui - duas versões: escutei uma versão de que, pela Lei Orgânica, é até o dia 5 de dezembro, e tenho por obrigação saber disso, Ver. Luiz Braz. Também escutei aqui que, no ano passado - eu estava aqui -, foi votado no dia 10 de dezembro, o Orçamento. Se no ano passado pôde, por que não agora? Vamos usar o bom senso e dar oportunidade à cidade de Porto Alegre, para ela continuar assistindo à discussão sobre o Orçamento, que é o que vai mexer com a vida das pessoas. Isso é muito importante. Nós não estávamos apenas com aquele povo no plenário, nós estávamos dentro da casa das pessoas, e isso é importante, isso é fundamental.

Eu quero fazer minhas algumas palavras da Verª Maria Celeste para criar aqui uma metodologia de trabalho, para que votemos quarta-feira, ou segunda-feira, respeitando e tentando, de alguma forma, compensar em parte - porque compensação não haverá - aquelas pessoas que estavam em suas casas assistindo ao desdobramento da votação do Orçamento.

Por isso, eu faço um apelo a todos os Vereadores, respeitando as pessoas em casa, as pessoas que acompanham a vida, o dia a dia desta Câmara de Vereadores, para que, através da televisão, tenham oportunidade de continuar fazendo o seu julgamento em casa. Por isso, eu faço um apelo, Ver. Professor Garcia: para que nós criemos a metodologia para quarta-feira ou segunda-feira, e votemos depois com o aval, a supervisão das pessoas que estão em casa, assistindo através de seus televisores, assistindo à votação do Orçamento. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. DJ Cassiá está com a palavra para encaminhar o Requerimento de sua autoria, que solicita que a discussão do PLE nº 040/11 continue na Sessão de quarta-feira.

 

O SR. DJ CASSIÁ: Sra Presidente, eu encaminhei este Requerimento, na verdade, porque deu para entender aqui, por vários colegas que vieram a esta tribuna, que o debate é importantíssimo, o debate é fundamental! E, pensando nisso, meu Líder, eu fiz este Requerimento, para que seja na quarta-feira, no Plenário Otávio Rocha, onde a população poderá acompanhar, ponto a ponto, a discussão e votação do Orçamento. Nós estamos votando o Projeto mais importante do nosso mandato, sem desmerecer os outros Projetos. E, Ver. Braz, veja as condições de trabalho em que estão os servidores desta Casa neste Plenário; sem o auxílio dos servidores, nós não conseguimos tocar nada! Por isso, Ver. Brasinha, despachante do povo, fiz este Requerimento, Ver. Cecchim, para que, na quarta-feira ou na próxima segunda-feira, possamos, sim, Ver. Garcia, dar a oportunidade de a sociedade acompanhar esse debate de tanta importância e de tanto fundamento para a nossa Cidade.

Então, de forma alguma, travarei o bom andamento dos trabalhos desta Casa. Jamais! Por isso, conversei com o meu Líder antes de fazer este encaminhamento. Então, tem que ser lá no outro Plenário, e mantenho o meu Requerimento, mesmo sabendo que pode ser derrubado. Então, solicito às senhoras e aos senhores que se dê a oportunidade de a sociedade de Porto Alegre acompanhar esse momento de votação do Orçamento. Eu estava enganado, Ver. Cecchim, quando achava que ninguém assistia à TVCâmara! Pelo contrário, todo o mundo me encontra e diz: “Te vi na TV, te vi lá na Câmara!” E há uma mensagem aqui, quando estávamos no outro Plenário: “Estou vendo e acompanhando a Sessão”. Então, digo a este cidadão que não estamos ao vivo neste Plenário, por isso apelo: como este é um dos Projetos mais importantes do nosso mandato, se não for na quarta-feira, que seja na segunda-feira! Mas que se dê a oportunidade de a sociedade porto-alegrense acompanhar essa discussão. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Vereador DJ Cassiá, solicito que V. Exa assuma a presidência, pois eu gostaria de requerer Tempo de Presidente.

(O Ver. DJ Cassiá assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra em Tempo de Presidente.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Senhores e senhoras, eu não canso de me decepcionar com esta Câmara de Vereadores. Vocês terão que me permitir dizer isso. Acho que todos nós, Ver. DJ Cassiá, Vice-Presidente, na Mesa Diretora, temos construído os tempos desta Casa. E quando V. Exa diz que alguém errou, mas que não foi V. Exa, está abrindo mão da sua responsabilidade, do seu direito de ser Vice-Presidente desta Casa. Nós, Ver. Braz, Líderes e Vice-Líderes, combinamos o ritmo do dia de hoje. Houve uma falha? Houve. Nós não tratamos, hoje de manhã, da cedência do Plenário Otávio Rocha para o evento que ocorreria hoje à noite. Inclusive, não lembrava da agenda feita com o setor de Relações Públicas para esse evento hoje às 19h30mim. Diante dessa imprevisibilidade, como se comportou a maioria dos Vereadores? Achou que seria excelente o momento para bater na Presidente! Só que, não tem problema, podem bater. Acho que eu aprendi muito com as críticas de V. Exas, eu saio desta presidência forjada para muitos enfrentamentos. Só lamento a exposição que foi feita desta Casa com o único objetivo da disputa política com a Presidente da Casa. Eu acho que a disputa é legítima, é do Parlamento, é dos Partidos, mas ela tem que ter limites! Quando olho para o plenário, diante das tentativas de alguns Vereadores, ou de transferir para quarta-feira ou de retirar o quórum para encerrar aquela polêmica que nos expunha, os Vereadores, no conjunto, não se deram conta do que estavam fazendo, na sua maioria! Eu acho triste isso! Claro que vocês são adultos, responsáveis e que não têm que ouvir lição de moral. Eu apenas quero aqui me posicionar como Presidente da Casa, dizendo que, se houve uma falha, uma coincidência de agendas, não se justifica expor a Câmara do jeito que foi exposta! Criar uma ideia dos que respeitam e o dos que não respeitam os cidadãos para quem nós cedemos o plenário, mal ou bem. Eu assumo a minha responsabilidade em ter cedido o plenário, mesmo sem ter tido o ato de verificar a data, porque sou a Presidente, e tudo que acontece nesta Casa eu assumo. Nós construímos uma Sessão Extraordinária para quarta-feira; nós construímos Reunião das Comissões Conjuntas para votar todos os projetos; nós estamos antecipando a Pauta, como nunca antecipamos no fim do ano, Ver. Dib! E V. Exa foi muito injusto, hoje, no plenário, quando insistiu que não deveria haver debate - eu acho errado! Aliás, é inorgânico! E não está no Regimento! Se a sua vontade de que não falassem em discussão não prevaleceu, não foi aprovada, não posso impedir. O senhor propôs, como encaminhamento, que não se discutisse; propôs, mas não foi aprovado; os Vereadores têm direito de falar.

 

(Manifestação fora do microfone do Ver. João Antonio Dib. Inaudível.)

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Propôs que fosse a discussão depois no... Ver. Dib, posso falar?

O Sr. João Antonio Dib: Eu não disse isso!

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Solicito que segure meu tempo. Então, V. Exa não falou isso. Mas as proposições...

 

O Sr. João Antonio Dib: Eu não falei isso; eu não proibi ninguém de discutir!

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Gostaria que segurassem o meu tempo e assegurassem a minha palavra.

 

(Manifestação fora do microfone do Ver. João Antonio Dib. Inaudível.)

 

(Manifestações paralelas. Inaudíveis.)

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Quero dizer que as proposições, Ver. Dib, de encurtar a Sessão não tinham amparo no Regimento, uma vez que não houve acordo. Era isso o que queria dizer.

Quero dizer, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, que acho que aqui não temos as melhores condições, mas nós temos condições de voto. Aqui tomamos uma decisão por maioria - e fizemos isso em muitos momentos neste ano. Só lamento que as pessoas percam o parâmetro para fazer disputa política. É impossível! O que assistimos, o que fiquei assistindo dali; o que a população assistiu pela televisão foi de uma pequenez, senhores, que me decepciona ao extremo; uma falta de dignidade, uma absoluta falta de parceria de enfrentar o momento de crise em que a Câmara vive - absoluta falta de parceria.

Queria ressalvar, obviamente, os Vereadores que fizeram esforços no sentido de solucionarmos de forma rápida. Mas só lamento! Lamento politicamente, não lamento pessoalmente, afetivamente: é politicamente que lamento. Afetivamente, me reservo aos meus amigos e aos meus companheiros de viagem. Então, lamento e espero que a gente possa crescer juntos para proteger o Parlamento e a democracia.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

(A Verª Sofia Cavedon reassume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Ouvi, atentamente, lá no Plenário Otávio Rocha e aqui, Sra Presidente. Muitos Vereadores, como eu, esperaram que os Vereadores mais experientes tomassem essa decisão pela Casa. Eu acho, Sra Presidente, que, na sua fala, a senhora foi injusta com alguns Vereadores. Pode ser por omissão de não participar, mas eu, por exemplo, falo em meu nome: ouvi atentamente todas as falas, fiquei buscando qual a melhor solução e vi que a solução era sair daquele plenário que havia sido cedido. Viemos para cá para discutirmos se vamos votar ou não. Estou aqui em nome desse povo que votou em todos nós, principalmente em mim, para voltar a hora em que for: uma hora da madrugada, duas horas - estarei aqui para votar.

 

O SR. LUIZ BRAZ (Questão de Ordem): Sra Presidente, nós estávamos em um processo de votação; dentro deste processo de votação, só caberiam, na verdade, os encaminhamentos com relação ao Requerimento que nós estávamos votando. Vossa Excelência usou o Tempo de Presidente para esculhambar todo mundo sem que houvesse o estabelecimento de um debate, porque, afinal de contas, ninguém pode utilizar agora os seus tempos para debater com Vossa Excelência. Então, primeiro, eu acho que nós deveríamos ter votado o Requerimento. Depois de votado o Requerimento, aí V. Exa poderia usar o Tempo, porque daria oportunidade para que nós usássemos também a nossa Liderança.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Respondo à sua Questão de Ordem. O Regimento, no art. 19, prevê, na letra “e” (Lê.): “Transmitir ao Plenário, a qualquer tempo, comunicações que julgar necessárias, em Tempo de Presidente.” Eu quero dizer a V. Exa que eu poderia ter feito essa fala no plenário grande e não a fiz, em respeito ao conjunto dos Vereadores. Não pedi o Tempo de Presidente lá - me deu vontade.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sra Presidente, “...para comunicar as coisas que são indispensáveis.” É outra coisa. A Presidente tem limite. Ela não pode, de repente, usar o Tempo de Presidente, porque aí foi exatamente para V. Exa poder extravasar aquilo que tinha represado desde lá do plenário, porque não concordava com os encaminhamentos que tinham sido feitos.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Braz, essa é uma Questão de Ordem? O julgamento do que é necessário é da Presidente, não está regrado no Regimento.

 

O SR. DJ CASSIÁ (Questão de Ordem): Eu pergunto ao nosso Diretor e à senhora: no seu pronunciamento, no Tempo de Presidente, eu estava presidindo, e a senhora me citou. Eu quero saber se eu tenho direito a Tempo de Presidente, porque eu estava presidindo no momento.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. DJ, V. Exa não tem Tempo de Presidente; V. Exa não foi ofendido na honra, que seria o caso de solicitar um outro artigo. Por favor, Ver. DJ.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Eu pedi para encaminhar, Sra Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Vamos tentar encaminhar o Requerimento, por favor.

O SR. DJ CASSIÁ: Só um pouquinho. A senhora colocou ali, no seu pronunciamento, de uma forma - ou eu entendi mal - que o mau andamento, agora, desta votação, teria sido por parte do seu Vice-Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não, não. De jeito nenhum, Vereador! Esse Requerimento seu é legítimo e estava sendo encaminhado.

 

O SR. DJ CASSIÁ: E quero dizer que eu gostaria que a senhora falasse aqui a todos os nossos colegas o quanto eu sou seu parceiro lá na Mesa. Nunca questionei nada! Posso ir até ali, mas nunca fui mais adiante. Então, eu gostaria que a senhora colocasse: o seu Vice-Presidente tem sido seu parceiro não para enlamear esta Casa; muito pelo contrário, Presidente, para preservar a imagem desta Casa. Eu não estou só preservando a minha imagem, estou preservando a imagem dos 36 Vereadores desta Casa. Então, eu gostaria que a senhora colocasse aqui o quanto eu sou seu parceiro.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver. DJ. Está registrado.

Verª Maria Celeste.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Eu pedi para encaminhar.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Nós estamos encaminhando, senhores. O microfone de aparte é Questão de Ordem, porque nós estamos encaminhando o Requerimento.

 

A SRA. MARIA CELESTE: Verª Sofia, colegas Vereadores, eu gostaria de sugerir que a Presidência interrompesse esta Sessão por um minuto e chamasse todos os Vereadores junto à Mesa, para que a gente possa manter o próximo encaminhamento. Desta forma, está muito confuso, o local é muito disperso, e temo que não vamos avançar na discussão se não houver uma parada agora para que possamos todos conversar.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Eu gostaria de encaminhar antes.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Nós não vamos parar no encaminhamento da votação do Requerimento. Vamos fazer apenas Questões de Ordem. Se o encaminhamento não resolver, nós nos reuniremos aqui novamente. Vereadores, nós estamos praticamente reunidos. Obrigada, Verª Maria Celeste.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Presidente, eu só queria fazer um registro: eu acho que V. Exa foi muito sábia, muito coerente quando, lá no Plenário, tentou conduzir da melhor maneira, tendo feito o seu desabafo como Presidente para todos nós, pois a coincidência é de responsabilidade de todos, de todas as Bancadas, de todos da Mesa, de todos os Líderes. Então, eu queria ser muito solidária com V. Exa neste momento. Eu acho que estão, de novo, fazendo tempestade em copo d’água. Acho que a gente pode proceder à votação do encaminhamento. Esse tempo de Presidente é legítimo, foi bem utilizado, foi aqui para todos nós, de maneira correta e sábia.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Verª Fernanda.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Sra Presidente, no Tempo de Presidente, a senhora disse que os Vereadores faziam politicagem lá. Eu não entendi.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Eu não usei esse termo.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: A senhora usou.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Politicagem não é um termo que eu uso.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: A senhora o usou. A senhora não está lembrada, mas a senhora usou. Eu queria dizer que a senhora deveria dar o nome de quem faz isso, porque eu não faço isso. Se tem alguém que faz, a senhora sabe bem quem é. Então a senhora deveria dar o nome de quem faz, e a senhora usou a palavra. Pode pedir as notas taquigráficas.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não, Vereador, eu não uso o termo “politicagem”, mas sim “disputa política”.

 

O SR. NILO SANTOS: Sra Presidente, apenas um apelo. Estamos entrando em um processo de desgaste muito ruim. Parece-me que seria mais sensato, daqui a pouquinho, nós entrarmos num grande acordo de Líderes, porque, quarta-feira, a gente volta descansado, vota rapidamente, e não vamos ter todo esse estresse, esse desgaste, porque o emocional já está fragilizado demais. Então, um grande acordo de Líderes, para nós encerrarmos por aqui. Vamos jantar com tranquilidade e tocar a vida.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): É o que vamos votar.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Eu ainda quero encaminhar, Presidente.

 

O SR. MAURO PINHEIRO (Requerimento): Verª Sofia, nós temos que votar a prorrogação da Sessão. Já estourou o tempo; então não podemos continuar nos manifestando. A Sessão já está acabada. Então, a primeira coisa é votar a prorrogação da Sessão.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Dib, antes do seu encaminhamento, nós vamos votar a prorrogação da Sessão.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Estou retirando a minha inscrição para falar. Acontece que não dá: o pessoal vem aqui, fala, fala e fala, e, quando chega a vez do Dib, vem mais Questão Ordem, etc., e agora se propõe encerrar a Sessão. Para que estamos aqui? Retiro a minha inscrição.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Senhores, informamos que o horário da nossa Sessão terminou agora, porque a havíamos interrompido por um longo período para a Reunião Conjunta das Comissões. Então, nós vamos votar se vocês concordarem, simbolicamente, com a prorrogação da Sessão por duas horas, e já passaremos a palavra ao Ver. Dib para ele continuar o encaminhamento e votar o Requerimento do Ver. DJ Cassiá.

Em votação nominal Requerimento, de autoria do Ver. Mauro Pinheiro, solicitando a prorrogação da Sessão por duas horas.

 

(Manifestação fora do microfone do Ver. DJ Cassiá. Inaudível.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não, porque a Sessão extinguiu-se. A Verª Fernanda Melchionna pode fazer a chamada. “Sim” prorroga a Sessão por duas horas; “não” encerra a Sessão.

 

A SRA. SECRETÁRIA ad hoc (Fernanda Melchionna): (Procede à chamada nominal.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Dezesseis Vereadores presentes. Não há quórum. Está encerrada a Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 21h20min.)

 

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